sexta-feira, 30 de agosto de 2013

INCÊNDIOS DE AGOSTO


Tenho uma grande admiração pelos bombeiros que, quase sempre, em situações muito complicadas lutam em favor das populações. O mais dramático nos  fogos que estão ocorrendo foi a morte de cinco bombeiros. A morte de alguém é sempre difícil de enfrentar, mas a morte trágica destes jovens bombeiros causa em todos nós uma imensa dor. Saberemos, a seu tempo, como serão reconhecidas pelo Estado as famílias dos bombeiros falecidos em acção. Não basta sentidas (de ocasião) palavras de condolências. Os fogos de verão são  uma calamidade que todos os anos castiga o país, é uma tragédia  quase inevitável que apenas poderá ser minimizada, porque, é bom que o reconheçamos, também na China, na Austrália, na Espanha, em França e, agora mesmo, nos Estados Unidos da América, os fogos acontecem
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MEMÓRIA 1980 - LURDES PNTASSILGO ORIENTA COLÓQUIO EM MAÇÃO

Hoje, pelas 21.30 horas, no salão dos Bombeiros Voluntários da vila de Mação, realiza-se um colóquio, seguido de debate, em que será oradora Maria de Lurdes Pintassilgo.
O tema a tratar será «Desenvolvimento e Justiça Social».

In Diário de Coimbra - 30/Agosto/1980

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O COMBOIO DA BEIRA BAIXA


De Santa Apolónia  ao Entroncamento é um quase silêncio,  pouco conversam os passageiros,  talvez cogitando nos problemas e dificuldades do dia-a-dia. Alcança Vila Franca de Xira, ala que se faz tarde, Castelo Branco está muito longe. O comboio da Beira Baixa acompanha o Tejo que na lezíria é sinuoso entre grandes bancos de areia branca, carregada de sílica, de quartzo e quase nunca lhe estorva a marcha..  Pára em Santarém. Muitos passageiros saem apressados, muitos mais do que aqueles que entram.  Mas a debandada geral vai verificar-se um pouco mais adiante, quando se atingir o Entroncamento, onde há muito os fenómenos acabaram com a morte do correspondente de jornais  que deles dava notícia. Na cidade ferroviária   são tantos os passageiros a sair que o grande veículo articulado resta quase vazio, é hora de desengatar algumas carruagens. Pouca gente entra, alguns  ferroviários terminado o dia. Durante a pequena espera os passageiros não se falam, olham-se apenas, mas mal o comboio arranca em direcção  a Vila Nova da Barquinha, ou talvez apenas Barquinha cidade ou ainda vila, os viajantes soltam a língua e começam a conversar, como se se conhecessem há muito,  agricultura, trabalho, família, futebol,  crise - os políticos é que não a sentem,  tudo vem à baila. É uma vozearia imensa que distrai o mais solitário. À direita, agora, o Tejo desliza manso, o sol reflecte-se nas águas calmas. A conversa propaga-se, há muitas queixas. Surpreende  as distâncias que as pessoas são obrigadas a percorrer diariamente  para trabalhar. Poucos viajantes saem e entram. O  grande êxodo principia no Tramagal e continuará em Abrantes e Alferrarede. A partir da cidade florida o comboio fica  vazio e o falatório diminui. O monstro, que há muito deixou de ser fumegante, avista o velho palacete cor de tijolo e atinge, finalmente Alvega-Ortiga após pouco mais de duas horas de andança, final da nossa viagem. O sol auto governado encaminha-se para o ocaso. Já lá vai o tempo em que   desciam muitos passageiros, agora contam-se pelo dedos de uma só mão, muitas vezes, o velho autocarro partirá vazio para a vila. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MEMÓRIA 1982 - ESTACIONAMENTO DESORDENADO

É de certo modo anárquico o estacionamento em certas zonas da vila: carros arrumados em cima dos passeios; camiões com atrelados, os chamados veículos longos, a ocupar durante largos períodos de tempo, às vezes dias, a faixa de rodagem de algumas ruas e, por último, o estacionamento em zonas interditas.
Como todos somos gente de brandos costumes, os olhos vão-se fechando a estas infracções, só que por vezes os acidentes acontecem precisamente devido a uma falta de policiamento eficaz.

In Diário de Coimbra - 28/Agosto/1982

terça-feira, 27 de agosto de 2013

MEMÓRIA 1970 - EXÉQUIAS EM MEMÓRIA DO PRESIDENTE SALAZAR

Mandadas celebrar pela Comissão Concelhia da Acção Nacional Popular, realizam-se hoje, dia 27, trigésimo dia sobre a morte do Presidente Salazar, na Igreja Matriz desta vila, solenes exéquias em memória daquele ilustre homem público, que terão início às 18 horas.

In Diário do Ribatejo - 27/Agosto/1970

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MEMÓRIA 1970 - ELEIÇÃO DA MESA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA

Depois de diversas contrariedades conseguiu-se, finalmente, constituir o elenco directivo que há-de gerir a Misericórdia local no próximo triénio.
Oportunamente tínhamos noticiado nestas colunas a formação de uma Mesa Administrativa que aguardava apenas aprovação superior para dar início ao seu mandato. Aconteceu que essa autorização não foi conseguida para alguns dos escolhidos, motivando novas tentativas para se conseguir aquelas pessoas dispostas a enfrentar uma dura e laboriosa tarefa, pois que, como também já informámos, o Hospital da Misericórdia encontra-se encerrado há algumas semanas por falta de pessoal clínico e de enfermagem.
Resta acrescentar que no próximo dia 30 do corrente, se realizará em segunda assembleia geral, a votação da única lista proposta a sufrágio, tendo como provedor o sr. prof. Joaquim Pereira Baço e presidente da assembleia geral o sr. Manuel Simões Saldanha.

In Diário de Coimbra - 26/Agosto/1970

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

MEMÓRIA 1970 - DESASTRE EM MAÇÃO

Quando uma camioneta pertencente à Câmara Municipal de Mação se deslocava de Envendos para esta vila, em local ainda próximo da sede de freguesia daquele nome, por causas ainda não suficientemente esclarecidas, mas a que não se deve deixar de associar a pouca largura da estrada e o aparecimento de um automóvel em sentido contrário, saíu da estrada, embateu com o rodado dianteiro num pilar existente na berma, tendo-se voltado de seguida.
Lamentavelmente há a lamentar a morte de Tibúrcio Teixeira, de 31 anos, solteiro, natural desta vila, um dos cinco serventuários municipais que a camioneta transportava, o qual apesar de prontamente transportado ao Hospital de Abrantes, o hospital local encontra-se encerrado há algumas semanas, ali chegou sem vida.

In Diário do Ribatejo - 22/Agosto/1970

terça-feira, 20 de agosto de 2013

MEMÓRIA 1982 - CRISE DIRECTIVA NA DESPORTIVA DE MAÇÃO

Não foi possível ainda conseguir-se sócios com disponibilidade para formarem o novo elenco directivo da Associação Desportiva de Mação.
Após duas assembleias gerais, a primeira ordinária levada a efeito em 29 de Julho e a segunda extraordinária, realizada no passado dia 13, ambas com reduzida concorrência de associados, não apareceram as pessoas dispostas a arcarem com o trabalho e a pouca glória que as pequenas colectividades oferecem.
Da ordem de trabalhos daquelas assembleias fazia parte, igualmente, a aprovação das contas do exercício do ano findo as quais por falta de parecer do conselho fiscal não puderam ser sancionadas pelos sócios.
É sobremaneira estranho que não se consigam pessoas para dirigir o clube, sabendo-se que a situação financeira é francamente boa.
Em vista do desinteresse demonstrado pela maioria dos sócios não foi marcada nenhuma assembleia para tentativa da resolução da crise.

In Diário de Coimbra - 20/Agosto/1982

sábado, 17 de agosto de 2013

MEMÓRIA 1969 - DR. FERNANDO DE SOUSA E SILVA

Para cumprir os deveres militares, acaba de abandonar esta vila o sr. dr. Fernando de Sousa e Silva, que durante alguns meses ocupou o cargo de notário neste concelho.
Pelo seu trato e simpatia deixou aquele alto funcionário um amigo em cada pessoa com quem conviveu.

In Diário de Coimbra - 17/Agosto/1969

domingo, 11 de agosto de 2013

MEMÓRIA 1977- EM FUNCIONAMENTO A PISCINA LOCAL

Depois de ter estado encerrada nos últimos dois anos, por carência de água, recomeçou a funcionar com elevada concorrência, a piscina municipal, único refúgio nestes dias caniculares da população  mais jovem.

In Diário de Coimbra - 11/Agosto/1977

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

SOL, CÉU AZUL E UMA SOMBRA


Basta para sermos felizes durante uns dias. E consolar o espírito com a leitura de Moby Dick, de Herman Melville, Madame Bovary, de Gustave Flaubert e Luz de Agosto, de William Faulkner, três romances que, como afirmam os grandes críticos literários, são de leitura obrigatória. Boas férias para todos!