sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

MEMÓRIA 1973 - SEGUNDA FASE DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO

Uma brigada do Centro de Saúde de Mação tem estado a proceder à segunda fase da campanha de vacinação contra o sarampo, tendo-se já deslocado a algumas das freguesias do concelho.
Cumulativamente, nas instalações daquele Centro, tem-se procedido à vacinação das crianças residentes na freguesia de Mação.

In Diário de Coimbra - 30/Dezembro/1973

domingo, 25 de dezembro de 2016

MEMÓRIA 1974 - GOVERNADOR CIVIL INTEIRA-SE DOS TRABALHOS DE RECENSEAMENTO

Sem quaisquer medidas protocolares, esteve ontem nesta vila o governador civil do distrito de Santarém, sr. engº. Fausto Sacramento Marques, que em visita informal percorreu os postos de recenseamento das freguesias de Mação e Penhascoso, procurando saber pormenores do modo como se está a processar o recenseamento neste concelho.
O governador civil do distrito de Santarém, chegou cerca das dezanove horas à freguesia do Penhascoso, limite do concelho, tendo sido aguardado pelo presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Mação, engº. técnico agrário José Eduardo Pires, que o acompanhou nas visitas efectuadas.

In Diário do Ribatejo - 25/Dezembro/1974 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

MEMÓRIA 1986 - COMEMORAÇÃO DO 10º. ANIVERSÁRIO DAS PRIMEIRAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

Tendo como ponto único as comemorações do 10º. aniversário das primeiras eleições autárquicas reuniu-se extraordinariamente a Assembleia Municipal de Mação.
Tomaram lugar na mesa da presidência representantes de todos os partidos com assento na Assembleia Municipal.
Iniciada a sessão, usou da palavra o representante do PS, dr. João Miguel Antunes, que teceu diversas considerações sobre o papel da Assembleia Municipal como órgão fiscalizador do executivo, afirmando que «por vezes as funções da Assembleia Municipal são subalternizadas em face da existência de um partido hegemónico». Entrou de seguida no controverso problema da Lei das Finanças Locais, historiando a sua existência, acabando por desejar que «fossem concedidos recursos mais amplos aos municípios para poderem cumprir cabalmente as suas tarefas».
António Diogo Aleixo, representante da APU, que falou a seguir, começou por referir que «estávamos reunidos fundamentalmente para festejarmos um acontecimento histórico que era o poder autárquico democraticamente constituído». Aproveitou para homenagear aqueles que «efectuando o 25 de Abril permitiram que aqui estivessem reunidos». Acentuou a necessidade do processo da democratização das autarquias avançar continuamente  «pois só pela participação das populações na vida autárquica o processo democrático não sofrerá recuo».
Tomou de seguida uso da palavra o presidente do município,  Elvino Pereira, do PSD, que começou por render homenagem às comissões administrativas que «em condições precárias conseguiram dirigir os munícipes no período que foi do 25 de Abril às primeiras eleições autárquicas». Fez, continuando, diversas considerações acerca do significado da data em comemoração, terminando por fazer votos para que «o poder autárquico se fortaleça a fim de que se possa proporcionar a todos os portugueses melhores condições de vida».
Encerrou a sessão o presidente da Assembleia Municipal, engº. Abílio da Matta, que começou por contar um episódio sucedido no tempo do Estado Novo,  acompanhando o então presidente do município numa diligência junto de um director da JAE em que se solicitava a construção de algumas estradas no concelho, foi  lhes foi respondido que quem sabia das necessidades de Mação em matéria de rodovias era ele director, pelo que ambos regressaram de mãos a abanar.
E continuou «o Poder Local é o oposto disto, a decisão sobre as necessidades parte do local, dos homens que aqui vivem». Criticou a distribuição dos fundos feita através da Lei das Finanças Locais, não lhe parecendo justo o critério utilizado, tendo por isso o concelho de Mação sido bastante prejudicado.
Acabou louvando a democracia que «instituiu o Poder Local que tem permitido a obtenção de muitos progressos para a nossa Terra e o nosso País».

In Diário de Coimbra - 23/Dezembro/1986


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

MEMÓRIA 1967 - COLHEITA DA AZEITONA

Os lagares do concelho, e são em elevado número, encontram-se a trabalhar em pleno, pois a apanha da azeitona está praticamente terminada.
Os lavradores, se por um lado estão satisfeitos com a abundância do precioso fruto, por outro queixam-se amargamente do preço elevado da mão de obra que vai onerar o custo do azeite de tal modo que tornará a cultura da azeitona em mais uma exploração deficitária.  

In Diário de Coimbra 22/Dezembro/1967

domingo, 18 de dezembro de 2016

MEMÓRIA 1974 - SESSÃO DE ESCLARECIMENTO DO M.D.P./C.D.E.

Realizou-se com a presença de numeroso público, no Cine-Teatro de Mação, uma sessão  de esclarecimento daquele nóvel partido.

In Diário de Coimbra - 18/Dezembro/1974

sábado, 17 de dezembro de 2016

MEMÓRIA 1991 - AUTARQUIA LOCAL SOLIDÁRIA COM TIMOR

Mação não tem sido insensível à tragédia do povo de Timor Leste.
Em recente reunião o executivo camarário aprovou, por unanimidade, uma moção apresentada pelo vereador do Partido Socialista, Simões de Almeida, em que se apelava aos nosso governantes e à comunidade internacional para que que os timorenses tenham direito à auto-determinação.
Também em cumprimento de uma deliberação da Associação Nacional dos Municípios Portugueses foi hasteada a bandeira da cidade de Dili, em conjunto com a bandeira do município de Mação.
Finalmente, no passado dia 12, e em memória dos mortos da chacina ocorrida em Timor Leste no mesmo dia do passado mês de Novembro, algumas empresas industriais e todos os trabalhadores da Câmara Municipal suspenderam a sua laboração, respondendo ao apelo da CGTP em que solicitava um minuto de pausa em homenagem aos mortos de Timor.

In Diário de Coimbra - 17/Dezembro/1991


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

MEMÓRIA 1973 - GASOLINA: A OCASIÃO FAZ O LADRÃO

Como consequência imediata da falta de gasolina, ou talvez não, destemidos gatunos roubaram, numa das últimas noites, quase toda a gasolina,  o depósito estava atestado, do automóvel do Sr.Francisco Sequeira, estacionado junto da sua residência.
Além do prejuízo da perda do precioso líquido, há ainda a acrescentar os danos causados  na viatura pelo gatuno ou gatunos, que até este momento não foram descobertos.
Se bem que,  já por diversas vezes se tenha verificado o esgotamento da gasolina e do gasóleo, o que sempre causa os costumados transtornos aos consumidores, a verdade é que aqui se não verificou ainda a corrida aos postos de abastecimento que tem sucedido, especialmente, nas grandes cidades.

In Diário do Ribatejo - 14/Dezembro/1973 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

MEMÓRIA 1977 - FUTEBOL DO INATEL

No prosseguimento deste campeonato, a equipa representativa da Casa do Povo desta vila, foi derrotada pelo mesmo representante de Cardigos, pela marca de 3-1, em jogo efectuado no campo municipal de Mação. O grupo da vizinha freguesia de Penhascoso, empatou 1-1 com a turma de S. Facundo.

In Diário de Coimbra - 13/Dezembro/1977

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1967 - A CHAMINÉ DA FÁBRICA EM RUÍNAS

Na Rua da Amieira existe uma fábrica em ruínas, da qual, desafiando o correr dos anos, se mantêm de pé algumas paredes e, para dar características de industrial a uma vila que não é, uma chaminé de tijolos.
Ora essa velha chaminé há muito ameaça ruir e, um dia, um vendaval mais forte a fará cair sobre as casas vizinhas com os consequentes e inevitáveis prejuízos materiais e, quiçá, humanos.
Para se evitar uma tragédia, que mais tarde ou mais cedo poderá acontecer, seria conveniente que quem tem por dever cuidar pela segurança da população mandasse proceder ao derrube da referida chaminé, velha relíquia de passadas glórias industriais.

In Diário de Coimbra - 30/Novembro/1967

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1972 - O RELÓGIO JÁ TRABALHA

O relógio da torre da praça, que aqui foi alvo de um dos nossos comentários, depois de uma paragem forçada de alguns meses, já recomeçou a trabalhar, o que, diga-se, não é sem tempo.

In Diário de Coimbra - 24/Novembro/1972

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1985 - NOME DE AVENIDA PARA VICENTE MENDES MIRRADO

Em reunião recente, o executivo camarário decidiu, por unanimidade, atribuir o nome de Vicente Mendes Mirrado à avenida que passa junto da fábrica que criou   no longínquo ano de 1889.
Aquele industrial, nascido em 1858 e falecido em 1917, foi o organizador   da indústria de lanifícios no concelho de Mação, outrora florescente e actualmente reduzida a uma pequena oficina de tecelagem, poucos artesãos de colchas e ao complexo fabril que fundou, a mais importante empresa estritamente do concelho, que ocupa o maior número de trabalhadores, e que continua a ser um factor de desenvolvimento económico de Mação.
Nada mais justa, portanto, a homenagem prestada agora pelo município ao «homem» que tanto pugnou pelo progresso industrial deste concelho, ainda essencialmente agrícola, numa época em que ser industrial era demonstração clara de se possuir um espírito moderno e empreendedor.

In Diário de Coimbra - 21/Novembro/1985

domingo, 20 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1982 - COMEÇO DAS AULAS NO ENSINO PREPARATÓRIO E SECUNDÁRIO

Finalmente, e com longo atraso em relação à data anunciada pelo Ministério da Educação, as aulas tiveram início no passado dia 9, nas Escolas Preparatória e Secundária desta vila.
Conforme foi dado conhecimento à população, os horários das aulas repartem-se por dois períodos, as turmas da manhã, com aulas a principiar às 8 horas, e as turmas da tarde com o início das aulas marcado para as 10 horas, o que não deixa de ser bizarro se as aulas são efectivamente de tarde.

In Diário de Coimbra - 20/Novembro/1982

sábado, 19 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1983 - ESCOLA PREPARATÓRIA

O que está a afligir de  modo doloroso uma grande parte da  população é o facto da Escola Secundária de Mação, e Novembro está a chegar ao meio, ainda não ter principiado a funcionar.
Entretanto, com 153 alunos matriculados a Escola Preparatória de Mação entrou em funcionamento a 10 de Outubro, dentro do prazo que o ministro Seabra tinha previsto para a abertura das aulas.

In Diário de Coimbra - 19/Novembro/1983


terça-feira, 8 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1988 - FEIRA DOS SANTOS: UM ÊXITO QUE VEM DE LONGE

Um belo dia de sol convidava a fazer uma visita à Feira dos Santos, uma das mais prestigiadas da região e que, anualmente, atrai alguns milhares de pessoas a esta vila.
Este ano não veio o circo, sempre uma grande atracção para a pequenada, mas estavam presentes carros de choque, para agrado de miúdos, e desagrado dos pais, e prazer de alguns graúdos.
É a zona dos cereais a mais visitada, especialmente pelos citadinos, e este ano confirmou-se esse interesse, que de feira para feira se vem acentuando.
A Feira dos Santos é o local próprio para se fecharem negócios de pinheiros e eucaliptos e é também quando se recebem os valores da venda das resinas que foram colhidas no decorrer do ano.
Mau grado a concorrência que lhes é movida pelos feirantes, os comerciantes locais mostraram-se satisfeitos com o volume de negócios efectuado.

In Diário de Coimbra - 8/Novembro/1988

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1973 - 9 DE NOVEMBRO TELEFONES AUTOMÁTICOS

É já no próximo dia 9 que serão postos em funcionamento os telefones automáticos em Mação, abrangendo ainda as freguesias de Ortiga e Penhascoso.
Há já alguns meses que as freguesias de Carvoeiro e Envendos tinham sido automatizadas. Por consequência, com excepção das freguesias de Aboboreira, Amêndoa e Cardigos, será possível falar-se, por ligação directa, com todo o concelho. Será também possível, depois de 9 de Novembro falar-se directamente com todas as redes de Sardoal, Rio de Moinhos e Tramagal.
Está prevista para 1974 a possibilidade da rede de Mação ligar directamente às restantes redes do país.

In Diário do Ribatejo - 7/Novembro/1973

sábado, 5 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1977 - FEIRA DOS SANTOS

Um dia de sol brilhante trouxe a esta vila alguns milhares de pessoas para assistirem à Feira dos Santos, a mais importante do concelho e uma das mais concorridas da região.

In Diário do Ribatejo - 5/Novembro/1977

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1973 - BOATO SOBRE UM PRESUMÍVEL AUMENTO DA GASOLINA ORIGINA ESCASSEZ DE COMBUSTÍVEL

Na passada quarta-feira correu com insistência nesta vila o rumor de que o preço da gasolina seria aumentado a partir das 0 horas de 1 de Novembro. 
Como resultado, houve uma corrida aos postos abastecedores de gasolina e gasóleo para encher depósitos de automóveis e camionetas, tambores, latas, bidões, em suma, toda a espécie de recipientes. Não que o aumento que se murmurava compensasse, com juros, o armazenamento do agora tão falado combustível.
Perante tão abundante procura esgotou-se a gasolina super e o gasóleo, tendo ficado em níveis muito baixos as reservas de gasolina normal.
Com surpresa para muita gente o dia 1 chegou e os preços não foram alterados, como aliás qualquer pessoa de bom senso admitiria, perante  as afirmações recentes proferidas por entidades responsáveis deste sector.

In Diário de Coimbra -4/Novembro/1973

terça-feira, 1 de novembro de 2016

MEMÓRIA 1977 - FEIRA DOS SANTOS

Hoje tem lugar a tradicional Feira dos Santos que apesar de ano para ano ter vindo a decair, ainda é a mais importante do concelho e, mesmo, da região, fazendo deslocar a esta vila milhares de pessoas.

In Diário de Coimbra - 1/Novembro/1977

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

MEMÓRIA 1972 - LARGO TRANSFORMADO EM CAMPO DE FUTEBOL

Causa estranheza que a G.N.R. ainda não tenha «intervido» nos animados desafios de futebol que quase diariamente se desenrolam no largo dos Combatentes da Grande Guerra, e em que são protagonistas alguns homenzinhos prontos a entrar para o serviço militar.
É estranho porque as animadas pugnas se desenrolam mesmo no centro da vila, paredes meias com a Câmara Municipal, em que as balizas são muitas das vezes os vidros das janelas dos edifícios situados naquele largo.
Venha o árbitro, neste caso a G.N.R. para marcar o desafio em local mais próprio para as práticas futebolísticas.

In Diário do Ribatejo - 31/Outubro/1972

domingo, 30 de outubro de 2016

MEMÓRIA 1985 - ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

São três as forças políticas concorrentes ao próximo acto eleitoral, a efectuar em 15 de Dezembro próximo, no círculo de Mação.
A coligação APU propõe para a Câmara Municipal o engº técnico agrário Carlos Filipe e para a Assembleia Municipal António Diogo Aleixo. Quanto ao PS, o dr. António Manuel Martins da Silva e o dr. António Reis, candidatam-se à presidência do município e à presidência da Assembleia Municipal, respectivamente. Finalmente o PSD recandidata à Câmara, Elvino Silva Pereira, e para número um da Assembleia Municipal apresenta a recandidatura do engº. Abílio Mata.
Quer a APU, quer o PPD/PSD, apresentam listas para as assembleias das oito freguesias que compõem o concelho. O PS entregou listas de candidaturas para cinco freguesias, não se candidatando nas freguesias de Amêndoa, Cardigos e Carvoeiro.
O CDS decidiu não apresentar listas para qualquer dos órgãos autárquicos concelhios.
Quanto ao PRD, apesar da forte votação conseguida no concelho nas eleições para a Assembleia da República, de 6 do corrente, não se conhece a existência de quaisquer estruturas locais, pelo que também não concorre.

In Diário de Coimbra - 30/Outubro/1985

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

MEMÓRIA 1972 - FILARMÓNICA UNIÃO MAÇAENSE

Este centenário agrupamento musical atravessa profunda crise, aliás comum a todos estes tipos de associações, e para a qual não se vislumbram soluções radicais.
Na raiz da crise da Filarmónica União Maçaense (F.U.M.), os seus directores, meia dúzia de apaixonados carolas, colocam as condições mais que precárias da sua sede: um amplo armazém, sem luz eléctrica, com o pavimento a cair de velho, mesmo assim cedido graciosamente pelo presidente da filarmónica.
Ora a F.U.M. ainda tem muitos amigos que, recentemente, se reuniram em amplo debate com os seus directores para estudarem as possibilidades de sobrevivência da velhinha colectividade.
Dessa reunião nasceu  uma comissão de amigos da F.U.M. que se propõe angariar fundos para acorrer às sua mais prementes necessidades.

In Diário de Coimbra - 20/Outubro/1972

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

MEMÓRIA 1980 - RESULTADO DAS ELEIÇÕES PARA A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Foram bastante concorridas nesta localidade, as recentes eleições para a Assembleia da República, efectuadas no passado dia 5 do corrente, já que a percentagem de votantes atingiu quase 84%, para 10196 eleitores inscritos.
Os resultados, por partidos ou coligações, foram os seguintes:
AD - 5149 votos
FRS - 2104 votos
APU - 496 votos
POUS-PST - 124 votos
PT - 116 votos
UDP - 72 votos
PDC-MIRN/PDP-FN - 70 votos
PCPT-MRPP - 67 votos
PSR - 9 votos
Foram escrutinados 60 votos em branco e 234 nulos.
A Aliança Democrática venceu em 7 freguesias e a Frente Republicana e Socialista conseguiu a vitória na freguesia da Ortiga.

In Diário de Coimbra - 17/Outubro/1980

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

ANTÓNIO GUTERRES QUASE SECRETÁRIO-GERAL DA ONU


António Guterres venceu a votação dos membros do Conselho de Segurança da ONU para novo secretário-geral da instituição, não tendo recebido nenhum veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque. Recebeu treze  votos de encorajamento e dois sem opinião. Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e  Rússia,
atribuíram-lhe quatro votos de encorajamento e um sem opinião.O presidente do Conselho de Segurança afirmou que o Organismo espera recomendar "por aclamação" o nome de António Guterres para secretário-geral já amanhã, quinta-feira.

domingo, 2 de outubro de 2016

MEMÓRIA 1973 - CAOS NO TRÂNSITO

Começa a estar caótico o trânsito nesta vila.
São as bicicletas motorizadas de escape aberto e a atravessarem, em grande velocidade, as ruas de Mação, pondo em perigo não só a vida dos próprios condutores, como ainda a dos peões.
São os automóveis estacionados de qualquer maneira e a percorrem as ruas da vila para além de velocidades permitidas.
Torna-se urgente que as autoridades cuidem destes abusos, antes que os desastres principiem a suceder.

In Diário do Ribatejo - 2/Outubro/1973

terça-feira, 13 de setembro de 2016

MEMÓRIA 1970 - E A ÁGUA FALTOU

Inexplicavelmente, e durante o período de mais intenso calor deste Verão, faltou a água durante um prolongado espaço de tempo. Inexplicavelmente, porque existe uma captação nova e existem novos depósitos, o que por si só deveria ser garantia de não se voltar a ficar sem água.
As consequências já se calculam quais foram, tanto mais que a vila esta agora cheia de naturais que aqui vieram  passar as férias junto dos seus familiares, e só as poucas fontes existentes puderam fornecer o precioso líquido para suprir as mais elementares necessidades.

In Diário de Coimbra - 13/Setembro/1970

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

MEMÓRIA 1992 - INCÊNDIOS:UM PROBLEMA COM MUITAS FACES

Em 1991 o concelho de Mação deveria ter sido considerado área de catástrofe. Cerca de dois terços de área florestal foram consumidos por violentos incêndios que destruíram, essencialmente, pinheiros, eucaliptos e oliveiras.
Poupada até ao presente pelos fogos, que já este ano eclodiram com grande intensidade nos vizinhos concelhos de Proença-a-Nova, Sertã e Oleiros, Mação apresenta ainda algumas pequenas manchas de floresta, logo rodeadas de grandes zonas, horrorosas à vista, porque a vegetação resume-se a pequenos troncos calcinados e despidos.
Os últimos grandes incêndios ocorreram em Agosto do ano passado. Um ano decorrido, não foram consideradas quaisquer medidas no sentido de se iniciar a reflorestação das zonas ardidas, até porque, em muitas áreas não há qualquer esperança de recuperação da floresta pelos processos naturais de desenvolvimento.
A tragédia que se abateu sobre o povo de Mação vai reflectir-se por décadas. Aqui, a floresta funcionava como um sistema de aforro: inesperadamente surgia uma despesa excepcional (doença, casamento, compra de habitação) recorria-se a um corte de pinheiros ou eucaliptos e o problema resolvia-se de imediato, porque o preço era compensador e a venda fácil.
Após os grandes incêndios de 1991 o preço das árvores baixou radicalmente e, existe mesmo dificuldade em encontrar compradores. O Estado que, como sempre, usa dois pesos e duas medidas, subsidiou no ano em curso, por via da seca, algumas das zonas do país mais atingidas pelo fenómeno da escassez da chuva, mas não considerou no ano transacto que o concelho de Mação tinha sido marcado por uma grande catástrofe e, como tal, deveria ter sido objecto de um qualquer sistema de apoio.
O que o Estado fez, segundo os proprietários sinistrados, foi muito pouco: abriu durante o último trimestre de 1991, parques de recolha de madeira ardida, em Mação  e Envendos, com o compromisso de a pagar à medida  que os leilões iam sendo efectuados.
Coube aos proprietários sinistrados conseguir financiamentos para proceder ao corte e recolha das árvores ardidas e posterior transporte para os parques de Envendos e Mação.
Contas por alto, referiram que os valores das madeiras queimadas, mais as despesas de corte, recolha e transporte, se aproximaria de um milhão de contos.
As primeiras madeiras ardidas entregues nos parques da responsabilidade da Administração Florestal da Sertã, foram pagas dentro de um prazo tido pelos interessados como razoável, mas essa foi uma pequena parte da madeira entregue.
Quando se esperaria que os responsáveis do sector florestal se interessassem por uma rápida regularização das dívidas aos proprietários, alguns em situação de absoluta ruptura financeira face aos pedidos de empréstimos feitos para enfrentar os problemas da recolha e entrega nos parques, apesar de insistentes reclamações dos prejudicados ao longo dos meses, os pagamentos são, finalmente, marcados para finais do mês de Agosto. Oito meses de espera são uma boa ajuda para os agricultores de Mação!
Mas a "ajuda" não se ficaria por aqui. Os agricultores do concelho de Mação se quiseram receber tiveram que se deslocar à Administração Florestal da Sertã e, como não existe qualquer tipo de transportes públicos entre os dois concelhos, com uma única alternativa: táxi ou boleia.
No entanto, e como noticia a «Gazeta do Interior», de Castelo Branco, e citamos, «...o José Bernardino e a equipa da  Administração Florestal da Sertã estariam em Agosto Setembro em diversas localidades dos concelhos da Sertã, Castelo Branco e Fundão a proceder ao pagamento da madeira queimada»...

In Diário de Coimbra - 8/Setembro/1992

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

MEMÓRIA 1977 - MISERICÓRDIA DE MAÇÃO

Conforme noticiámos, efectuou-se oportunamente uma Assembleia dos irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Mação a que compareceram não mais de duas dezenas de pessoas, e destinada à eleição da Mesa Administrativa.
Dado que por um dos irmãos, foi levantada a dúvida se oficialmente não estaria já a Misericórdia extinta pelo Estado, por consequência da legislação em vigor, ficou acordado irem efectuar-se diligências no sentido de se apurar a situação legal da Santa Casa da Misericórdia, para se decidir se haverá ainda lugar à eleição de novos dirigentes.
Entretanto, e num acto de boa vontade, alguns irmãos ofereceram-se para constituir a eventual administração a eleger.

In Diário de Coimbra - 1/Setembro/1977 

domingo, 28 de agosto de 2016

MEMÓRIA 1982 - CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM MAÇÃO

Se bem que a tónica do desenvolvimento para este concelho se deva localizar no sector da indústria, que gera muito emprego, e não no dos serviços, é sempre de aplaudir a criação de estabelecimentos que, para além de criarem postos de trabalho, vêm facilitar a vida da população, evitando deslocações a outras localidades, como é o caso da Caixa Geral de Depósitos, pois variadíssimos assuntos só podiam ser tratados nas suas dependências.
Brevemente, numa das zonas mais centrais da vila, a Praça Gago Coutinho,  o estabelecimento bancário do Estado abrirá portas para servir os maçaenses.

In Diário de Coimbra - 28/Agosto/1982

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

MEMÓRIA 1987 - REGULAMENTO DO TRÂNSITO GERA CRÍTICAS

O novo regulamento orientador do trânsito na vila de Mação, em vigor desde finais de Julho passado, ainda que a título provisório, segundo avisava a Câmara Municipal em anúncios afixados profusamente, tem gerado muitas criticas da população, o que obrigou os responsáveis a retirar alguns dos sinais, precisamente aqueles que pretendiam alterar profundamente o trânsito na vila.
A população  pensa que há sinais a mais - não há avenida, largo, rua, travessa ou beco que não tenha sido contemplada com uma placa de sinalização de trânsito - e estacionamento a menos.
Mação, que infelizmente para as suas actividades económicas, não é atravessada por uma rodovia que torne obrigatória a passagem pela vila, até mesmo os habitantes das freguesias não necessitam  passar pela sede do concelho, quando  se deslocam a qualquer das cidades vizinhas, não  parece justificar um regulamento de trânsito tão rigoroso.

In Diário de Coimbra - 24/Agosto/1987

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

MEMÓRIA 1972 - EXTENSA ZONA DE PINHEIROS DESTRUÍDA EM MAÇÃO

Um pavoroso incêndio acaba de destruir extensa zona de pinheiros causando prejuízos, ainda não determinados, mas que rondarão os quatro mil contos.
O sinistro que durou mais de vinte e quatro horas e que ainda não se pode considerar extinto totalmente, teve início num queimadouro feito por uma mulher de idade, que não tomou as devidas precauções e, imediatamente, se propagou a pinhais contíguos, que, mercê da enorme quantidade de mato e caruma que continham, foram fáceis pastos das chamas.
No combate ao incêndio, que apresentou várias frentes, desde o lugar do Pereiro até Chão  de Lopes, nas freguesias de Mação e Amêndoa, respectivamente, empenharam-se os bombeiros voluntários de Mação, Proença-a-Nova, Sertã, Sardoal e Abrantes, elementos da G.N.R. e Serviços Florestais, cerca de 300 militares e ainda centenas de populares.
A população do  pequeno lugar  do Vale de Amêndoa, ameaçada pelas chamas, foi obrigada a abandonar os seus lares, retirando-se com os haveres que lhe foi possível levar.
Se bem que, remotamente, os lugares de Pereiro, Castelo, Aldeia de Eiras, Chão de Codes e Chão de Lopes, estiveram sob a ameaça do fogo.
Este foi, sem dúvida, o maior incêndio que grassou neste concelho.

In Diário de Coimbra - 22/Agosto/1972

terça-feira, 2 de agosto de 2016

MEMÓRIA 1991 - TRÊS ARTISTAS EM MAÇÃO

O Museu Municipal Dr. João Calado Rodrigues tem patente numa das suas salas, uma exposição de pintura e cerâmica dos artistas Luís Dias, Pé-Leve e Raquel Alcariota. Esta mostra de arte estará aberta até ao fim do mês corrente.
Luís Dias, que é natural da freguesia do Carvoeiro, deste concelho, expõe pintura, especialmente acrílicos sobre tela. Este artista encontra-se representado nos Museus Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco e Dr. João Calado Rodrigues.
Pé-Leve, artista de  Lisboa,  apresenta alguns trabalhos de pintura, um modo de visualizar variadas localidades portuguesas. Expõe individualmente desde 1988.
Raquel Alcariota,  alentejana de Cercal do Alentejo, mostra alguns trabalhos de cerâmica, com formas e cores muito originais. Desde 1987 que expõe individualmente.

In Diário de Coimbra - 2/Agosto/1991

sexta-feira, 29 de julho de 2016

MEMÓRIA 1988 - PROFUSÃO DE SINAIS DE TRÂNSITO

A nível da sinalização de trânsito é, concerteza, esta vila a  das melhores apetrechadas do distrito de Santarém.
Não há largo, rua,  travessa ou beco, que não tenha sido contemplada com uma placa sinalizadora. No entanto, apesar da profusão de sinais, os problemas continuam, porque os veículos estacionam em locais interditos ou sobre os passeios, dificultando a passagem de viaturas e peões. Cabe aqui um papel importante à GNR: fiscalizar e evitar os atropelos à lei.

In O Ribatejo - 29/Julho/1988

terça-feira, 26 de julho de 2016

MEMÓRIA 1991 - EXPOSIÇÃO ITINERANTE DE ARTE RUPESTRE

No Museu Municipal Dr. João Calado Rodrigues encontra-se patente até 31 do mês em curso, uma exposição de arte rupestre.
Esta exposição que é organizada pela «Cooperativa Archeologica de Orme dell'Uomo» e Museu Municipal Dr. João Calado Rodrigues, com o apoio da Câmara Municipal desta vila, foi já apresentada em Lisboa, no Museu Leite de Vasconcelos, sendo, seguidamente, exibida em diversas cidades do norte do país.
Na inauguração estiveram presentes o presidente do município, Elvino Pereira, vereadores, magistrados e algumas outras entidades oficiais.
O acto deu lugar a uma pequena intervenção da conservadora do Museu Municipal, Dra. Amélia Pereira Bubner, que agradeceu a presença das várias entidades, o apoio recebido da Câmara Municipal para a organização da exposição e ainda se referiu aos monumentos existentes no concelho e em todo o vale do Tejo. De seguida falou a Dra. Mila Simões de Abreu, presidente da «Cooperativa Archelogica de Orme dell'Uomo», que, numa interessante dissertação traçou uma ampla panorâmica sobre a arte rupestre de Valcamónica, Itália.
Segundo referiu a Dra. Mila de Abreu, arqueóloga portuguesa a trabalhar na Itália, o Valcamónica é hoje um dos mais importantes sítios arqueológicos da Itália. Inserido, desde 1979, na prestigiosa lista do património mundial da UNESCO, é todos os anos visitado por mais de 150.000 pessoas provenientes de todas as partes do mundo. No coração das altas montanhas dos Alpes, a uma centena de quilómetros de Milão, na Lombardia, o paciente trabalho de gerações de arqueólogos trouxe à luz do sol, os testemunhos gravados nas rochas de uma civilização e de um povo - os Camunos - há muito esquecido. Hoje em dia, graças a um vastíssimo trabalho de escavação, fotografia e desenho, realizado por numerosos  especialistas, são conhecidas cerca de 200.000 gravuras pré-históricas. São pequenos pedaços de história que nos ajudam a responder a algumas perguntas sobre o passado humano e que, por isso mesmo, levantam muitas outras questões. Quem eram os Camunos? Como viviam? Que deuses adoravam? Porque fizeram tantas gravuras rupestres? Qual o seu significado?
Curiosamente está patente nesta exposição um quadro mostrando a primeira página do Diário de Coimbra nº. 122, de 25 de Setembro de 1930, tendo como director José de Sousa Varela. A Dra. Mila de Abreu teve ocasião de se referir na sua dissertação ao Diário de Coimbra, afirmando ter encontrado o referido exemplar os arquivos de Valcamónica.  E porquê o aparecimento do Diário de Coimbra nesta exposição? Justamente porque em Setembro de 1930, decorreu em Portugal,  nas cidades de Coimbra, Porto e Lisboa, o XV Congresso Internacional de Antropologia, que contou com a presença de Giovani Marro, director do Instituto de Antropologia de Turim, o qual apresentou pela primeira vez ao mundo científico estes vestígios, numa comunicação intitulada «La scoperta de inscisioni rupestri preistoriche in Valcamónica».
Ora, precisamente, a primeira página do referido nº. 122 deste Jornal, é quase integralmente dedicada, com artigos e entrevistas, ao referido Congresso de Antropologia.

In Diário de Coimbra - 26/Julho/1991

quinta-feira, 21 de julho de 2016

MÁRIO TROPA NA GALERIA DO CCEP


Até 30 de Julho está aberta a exposição de Mário Tropa, sob o título "50 anos de pintura", na Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira. Mário Tropa com ligações familiares ao Castelo, de Mação, onde reside parte do ano, é licenciado pela Escola Superior de Belas Artes, de Lisboa. Professor de desenho, em Santarém, no período de 1967 a 1990, foi ainda professor de pintura e gravura do curso de artes plásticas da Escola Superior de Arte e Design do Instituto Politécnico de Leiria durante 1990 a 2003. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian nos anos de 1965 a 1967.
No dizer de Armando da Câmara Pereira, no catálogo da exposição, "Mário Tropa caracteriza a estética da sua obra pictórica e gráfica segundo três princípios que passamos a citar: fragmentação; pseudo-narração; ocultação/desocultação do objecto artístico". E continua "a ocultação pode explicar-se pelas referências figurativas (ou icónicas) dos seus desenhos e telas" e acrescenta  "a esta pseudo-narração alia-se a ocultação/desocultação dos seus exímios trabalhos cenográficos que aplica com apurada técnica de velaturas, um "sfumatto" de penumbras inventado por Leonardo da Vinci, no alto Renascimento.".
Trata-se de uma das mais importantes exposições de arte apresentadas na galeria municipal, que ninguém deve perder.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

segunda-feira, 18 de julho de 2016

MEMÓRIA 1988 - SUGESTÃO PARA UMA RÁDIO LOCAL

Mação comporta algumas associações de âmbito não só recreativo mas também cultural: a Associação Cultural e Recreativa da Aboboreira, da freguesia da Aboboreira; os Galitos, da freguesia de Cardigos; a Filarmónica União Maçaense, de Mação; a Liga Regional, da freguesia da  Ortiga e o Grupo de Cantares da Serra, da  Serra, freguesia do Penhascoso.. E ainda, devotadas exclusivamente à cultura, a Associação Cultural de Mação  e o Grupo de Jovens de Mação, ambas de Mação. Como a rádio, além de divertimento é também cultura, não seria possível todas estas colectividades agruparem-se e constituírem uma rádio que abrangesse todo o concelho? "O Ribatejo" deixa no "éter" a questão.

In O Ribatejo - 18/Julho/1988 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

MEMÓRIA 1988 - MAÇÃO ESTÁ A DESERTIFICAR-SE NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Tendo como ponto único «Assuntos de interesse local», reuniu-se recentemente a Assembleia Municipal de Mação.
Para falar sobre o «estado do concelho», usou da palavra o presidente da autarquia, Elvino Pereira, que principiou por mencionar as obras em curso e as previstas, com especial incidência no abastecimento de água e estradas, algumas com subsídios do FEDER.
Da recente visita do Primeiro Ministro Cavaco Silva a Mação, parece resultar, segundo aquele autarca, o aceleramento das diligências para construção do pavilhão gimno-desportivo e a possibilidade de construção da passagem superior na linha de caminho de ferro da Beira Baixa, junto ao apeadeiro da Barragem de Belver/Ortiga.
Continuando na sua intervenção, Elvino Vieira Pereira. explicou estar o concelho a desertificar-se, havendo aldeias em vias de desaparecimento, pelo que, em sua opinião se impõe a elaboração do Plano de Ordenamento do Território para se conhecer onde deverão fazer-se os futuros investimentos. A este propósito referiu-se ao problema alarmante do decréscimo populacional, adiantando que os números do último recenseamento eleitoral, ainda em fase de apuramento, apontam para a descida da barreira dos 10.000 eleitores, o que a confirmar-se será um indicador que em nada beneficia o concelho.
Por fim, e ainda por sugestão  do presidente da autarquia, foram votadas e aprovadas duas propostas, a primeira no sentido do executivo proceder aos preparativos para elaboração do Plano de Ordenamento Municipal e a segunda para a integração do concelho da Mação na zona florestal da Sertã.

In Diário de Coimbra - 15/Julho/1988

domingo, 10 de julho de 2016

MEMÓRIA 1986 - REUNIÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Tendo como ordem de trabalhos a apreciação e aprovação da organização dos serviços municipais, conforme Lei nº. 44/85, de 13 de Setembro e, ainda,  outros assuntos de interesse local, reuniu-se em sessão ordinária a Assembleia Municipal de Mação.
Depois de lida e aprovada a acta da sessão anterior, que mereceu um pedido de rectificação da bancada socialista, o presidente do Município anunciou que, uma vez mais, tinha sido «chumbado» pela CP o pedido para que a estação de caminho de ferro do concelho, passasse a denominar-se Alvega-Ortiga-Mação; a CP aduziu razões de ordem operacional e económica para inviabilizar os desejos dos maçaenses. 
Elvino Pereira informou, igualmente, que parte do troço da EN 244 iria ser reparado, pois tinha sido incluído no plano de emergência, o que vinha dar parcial satisfação à Assembleia, perante a moção aprovada na anterior sessão, relativamente ao péssimo estado de conservação das estradas que servem o concelho.
Entrando-se na ordem de trabalhos, e após alguns esclarecimentos prestados pelo presidente do executivo a questões levantadas pelos representantes do Partido Socialista e da APU, a organização dos serviços municipais foi aprovada, com apenas uma abstenção.
No segundo e último ponto da ordem de trabalhos, o representante da APU levantou alguns problemas sobre higiene e a bancada socialista inquiriu quando terminavam as obras de pavimentação dos arruamentos da freguesia de Envendos, referiu-se, ainda, à segurança na piscina municipal e pretendeu esclarecimentos sobre o modo como é feito o controlo das águas para obstar ao aparecimento de qualquer eventual foco infeccioso, tendo ainda um dos vogais do PS apresentado um requerimento solicitando esclarecimentos relativamente à atribuição da vagas no programa «Ocupação de Tempos Livres».
Como vem sendo habitual, o representante da APU  e os deputados do PS conseguiram dar alguma vivacidade à sessão, pois que os vogais do PSD, porque são maioria, entram mudos e saem calados, como também se vai tornando normal.

In Diário de Coimbra - 10/Julho/1986

sexta-feira, 8 de julho de 2016

MEMÓRIA 1988 - EDP NÃO DÁ LUZ

Industriais, comerciantes e particulares têm-se queixado dos constantes cortes no fornecimento da energia eléctrica, o que tem vindo a criar uma grande animosidade relativamente aos serviços que a EDP presta ao concelho de Mação e a que parece fazer orelhas moucas.
As chuvas e algumas trovoadas dos últimos tempos, não justificam, de todo, cortes de energia que, por vezes, se prolongam por bastantes horas. Sempre rigorosa na cobrança dos seus créditos, a EDP não usa o mesmo rigor no cumprimento dos seus deveres.
Por outro lado, parece haver uma passividade comprometedora nesta situação gravosa para o concelho, por parte da Câmara Municipal. Pelo menos o executivo camarário não deu a conhecer aos seus munícipes as diligências efectuadas junto da EDP no sentido desta empresa assumir, dume vez por todas, as responsabilidades que lhe competem no abastecimento regular de energia eléctri a todo o concelho de Mação.

In O Ribatejo - 8/Julho/1988

segunda-feira, 4 de julho de 2016

MEMÓRIA 1988 - CINE-TEATRO DE MAÇÃO

Cine-Teatro de Mação: propriedade Câmara Municipal de Mação; responsabilidade de gestão: pelouro da cultura do município; filme apresentado no último domingo: Emanuelle 4.

In O Ribatejo - 4/Julho/1988

sexta-feira, 1 de julho de 2016

RATOS NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Cavaleiro da Ordem de Santiago, condecoração atribuída pelo antigo Presidente da República Cavaco Silva, agraciado, igualmente, pelo ex-Presidente Jorge Sampaio, coordenador desde 2001 do Museu da Presidência (MP) e a partir de Outubro de 2004 director, eis o currículo de Diogo Gaspar, 45 anos, implicado, segundo a Procuradoria Geral da República e a Polícia Judiciária, em tráfico de influência, falsificação de documentos, peculato, participação económica em negócios e abuso de poder, um extenso rol de malfeitorias. Gaspar que contratava serviços a ele próprio por valores acima do valor do mercado, transferiu alguns bens culturais e artísticos, pertença do MP para empresas a que estava ligado. Móveis antigos, tapeçarias e quadros, espólio do MP, passaram a fazer parte do recheio das suas casas em Lisboa e Portalegre e de seus amigos. O director do MP  será hoje ouvido no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

XXIII FEIRA MOSTRA DE MAÇÃO


Abre hoje a XXIII Feira Mostra, abrangendo actividades económicas, desportivas, gastronómicas e muito mais, anuncia-se. Estarão as novidades desta  feira, sempre igual, neste "muito mais"? Com débil  indústria, a pesada extinguiu-se há muitos anos,  escasso comércio e reduzidos serviços, o que tem o concelho para mostrar? Como dizia São Tomé "ver para crer". É  o que faremos para nos permitir deixar aqui algumas impressões desta Feira já avançada na idade.

MEMÓRIA 1979 - CRIANÇAS JÁ TÊM PARQUE

Associando-se ao Ano Internacional da Criança, o Município local decidiu instalar um parque infantil no Largo dos Combatentes da Grande Guerra, fronteiro à escola primária desta vila, para que às crianças possa ser facultado um divertimento já existente em quase toda a parte.
Melhoramento muito bem recebido pela população, especialmente a mais pequena, que desde a inauguração do parque não tem dado descanso aos baloiços, escorregadoiros, etc..
Pena é que as disponibilidades financeiras da Câmara Municipal não lhe permitam instalar em todas as sedes de freguesia do concelho parques infantis semelhantes ao agora inaugurado.
Seria uma das formas mais concretas deste concelho se integrar no espírito do Ano Internacional da Criança.

In Diário de Coimbra - 29/Junho/1979

terça-feira, 28 de junho de 2016

MEMÓRIA 1977 - ANIVERSÁRIO DO JORNAL «MAÇÃO DEMOCRÁTICO»

Em comemoração do seu primeiro aniversário realizou o mensário regionalista «Mação Democrático» um espectáculo no Cine-Teatro desta vila,  a que assistiu um jovem e numeroso público.
O espectáculo contou com a colaboração do Grupo Coral de Mação e do Grupo de Teatro Infantil de Gavião, tendo ainda sido apresentados alguns filmes cedidos por embaixadas acreditadas no nosso País.

In Diário de Coimbra - 28/Junho/1977

sexta-feira, 24 de junho de 2016

MEMÓRIA 1988 - VARIEDADES NO CINE-TEATRO PROMOVIDAS PELA FILARMÓNICA

Fados dos anos sessenta;  o célebre «Rock around the clock» de Bill Halley e os seus Cometas dos anos cinquenta; trechos de revistas lisboetas dos anos quarenta; mas também Gil Vicente, um poema sobre Mação, Dire Straits e Dora, tudo isto foi possível apreciar-se no espectáculo de variedades, com um certo sabor revivalista, que a Filarmónica União Maçaense apresentou no Cine-Teatro de Mação. Lotação esgotada, muito entusiasmo, muitas palmas, Nino, fadista castiço, levou a assistência ao rubro, mas também o jovem teclista Zé Neto recebeu muitas palmas.
No final todos os intervenientes no palco: a ovação maior para Agostinho Pereira Carreira, presidente da Filarmónica União Maçaense e obreiro do espectáculo.

In O Ribatejo - 24/Junho/1988

terça-feira, 21 de junho de 2016

MEMÓRIA 1988 - O CARTÓRIO NOTARIAL REDUZIDO A UM FUNCIONÁRIO

O Cartório Notarial de Mação encontra-se actualmente reduzido a um funcionário, já que, desde o verão passado, a notária e uma escriturária foram transferidas,  a seu pedido, para outras localidades.
O que se previa veio a suceder. o Cartório teve que encerrar por doença do único funcionário que assegurava os serviços.
Atempadamente deveria o Ministério da Justiça ter providenciado para que as vagas existentes em Mação fossem preenchidas, evitar-se-iam situações como a que agora está sucedendo no notário desta vila.

In O Ribatejo - 21/Junho/1988

segunda-feira, 20 de junho de 2016

LOLITA DE VLADIMIR NABOKOV


Humbert, o protagonista, apaixona-se por uma "ninfeta" de 12 anos, eis o  tema central do romance do aristocrata russo e conhecido romancista Vladimir Nabokov. O livro que sofreu diversos ataques censórios, ainda actualmente consegue desencadear polémicas pelo modo frontal como trata a pedofilia. Como afirmou o escritor John Updike «Nabokov escreve prosa do único modo que esta deve ser escrita, ou seja, extasiadamente», de facto a escrita de Lolita arrasa-nos, pela maneira como é desencadeada a trama.  O livro havia sido salvo num dia de 1950 pela sua mulher Vera quando Nabokov pretendeu queimar os primeiros capítulos, incapaz de resolver algumas dificuldades técnicas. Lolita é sobretudo um notável exercício estilístico, retrato cheio de ironia dos aspectos mais perversos e inconfessáveis da natureza humana.
(São Petersburgo, Rússia, 22-Abril-1899<>Montreux, Suiça, 2-Julho-1977)

domingo, 19 de junho de 2016

MEMÓRIA 1971 - MELHORAMENTOS

Junto ao Calvário está a construir-se, talvez, a zona mais imponente de Mação.
Contribuem para essa imponência um amplo Campo de Feiras, um sóbrio mas elegante quartel para a Guarda Nacional Republicana, um edifício para diversos serviços camarários, duas piscinas, uma de adultos e outra para crianças e, finalmente, um restaurante.
Lamentava-se a localização do quartel da G.N.R., a que as escadarias do Calvário, mesmo sobre ele, além de esteticamente feio, lhe tiravam a imponência.
Surpreendentemente, começou a notar-se grande movimento de escavadoras e camionetas ali para os lados do Campo da Feira, há poucos tempos atrás, e tal como o ovo de Colombo, o que estava ajoujado ao volume de terras se uma escadaria, tornou-se altivo e imponente, porque, em hora feliz, resolveu-se cortar parte das escadarias do Calvário, e assim desafectar e pôr bem à vista, nas suas belas linhas, o edifício do quartel da G.N.R..

In Diário do Ribatejo - 19/Junho/1971 

sexta-feira, 17 de junho de 2016

MEMÓRIA 1971 - VIATURA ABANDONADA

Foi abandonada, há já algumas semanas, no largo Infante Dom Henrique, desta vila, a viatura GF-18-25, «Austin» de côr preta, a qual não contém qualquer chapa indicativa do nome do proprietário.
Talvez o único sinal identificador seja um velho galhardete do Tramagal Sport União.

In Diário do Ribatejo - 17/Junho/1971

quinta-feira, 16 de junho de 2016

MEMÓRIA 1983 - PATENTE EXPOSIÇÃO SOBRE A ARTE DOS POVOS QUE DESCOBRIMOS

Encontra-se patente no Museu Municipal Dr. João Calado Rodrigues uma exposição subordinada ao tema «A Arte dos Povos que Descobrimos».
Esta exposição está incluída num ciclo que irá abranger as temáticas «Os Escritores do Renascimento e as Descobertas dos Portugueses na Biblioteca de Mação», a abrir proximamente na Biblioteca Municipal, e ainda «A Cultura do Renascimento no Concelho de Mação», a inaugurar em data não prevista, na Casa da Aposentadoria da Câmara, edifício adquirido recentemente a um particular por um comerciante local, em estado de quase ruína, e à volta do qual gira uma certa polémica. Esta iniciativa pretende ser o contributo do município local à «Expo XVII - Os Descobrimentos Portugueses na Europa do Renascimento» a decorrer com tanto êxito na capital do País.
A primeira das exposições já inaugurada está patente ao público até fins do próximo mês de Setembro.

In Diário de Coimbra - 16/Junho/1983

quarta-feira, 15 de junho de 2016

MEMÓRIA 1971 - CORRIDAS DE MOTONÁUTICA

Conforme oportunamente noticiámos, vai realizar-se em Julho próximo uma grande prova de motonáutica na Barragem de Belver, deste concelho.
Hoje é-nos possível adiantar mais alguns pormenores sobre essa importante prova desportiva que, como anunciámos, tem  patrocínio da Câmara Municipal de Mação. 
Assim a sua realização foi definitivamente  marcada para 25 do próximo mês de Julho, pelas 15.30 horas, com organização técnica da Federação Portuguesa de Motonáutica.
No sábado, dia 24, organizar-se-á uma festa regionalista em honra dos concorrentes e seus acompanhantes.
A distribuição dos prémios será feita nesta vila, em local a designar, logo após o cocurso e no decorrer de um jantar em honra dos concorrentes.
Por carência de alojamentos, está procurando a Câmara Municipal conseguir a cedência, por particulares, de quartos para instalar os concorentes.

In Diário de Coimbra - 15/Junho/1971


domingo, 12 de junho de 2016

MEMÓRIA 1974 - O MOMENTO POLÍTICO EM MAÇÃO

Realizou-se no passado domingo um plenário concelhio para escolha das pessoas que hão-de formar a Comissão Administrativa que gerirá o Município até que, pelo Governo, provisório ou definitivo, sejam legisladas as condições de escolha dos corpos administrativos.
Para esclarecimento da população a Comissão Democrática de Mação - C.D.M. - publicou e fez distribuir o seguinte comunicado:

«Para mais completo esclarecimento da opinião pública do concelho de Mação, quanto às finalidades da assembleia popular convocada para o próximo domingo, informa-se:
1 - A C.D.M. tem objectivos exclusivamente políticos, não estando em causa aspectos de ordem pessoal envolvendo qualquer dos membros da Câmara Municipal de Mação.
2 - A C.D.M. propõe a dissolução total da Câmara Municipal de Mação e não apenas destituir o seu presidente, cujas qualidades morais não são contestadas.
3 - A Comissão Administrativa terá como principal actividade o indispensável saneamento das instituições do concelho, sendo evidente que essas funções não devem ser exercidas pela Câmara Municipal estabelecida durante o regime fascista - o que seria grave ofensa não só aos princípios democráticos mas também ao mais elementar bom senso.
4 - A C.D.M. entende que é atraiçoar o espírito da revolução de 25 de Abril e enganar o povo perfilhar-se outra atitude que não seja o saneamento imediato e resoluto das instituições através de uma Comissão Administrativa para a Câmara Municipal».

Com a sala do Cine-Teatro local completamente cheia, apinhando-se ainda as pessoas pelos corredores e palco, deu-se início ao anunciado plenário, cujos trabalhos foram dirigidos pelos elementos da C.D.M., srs. dr. António José Mirrado Paisana, António Diogo Aleixo, Manuel Simões Saldanha e Herculano de Carvalho, vendo-se ainda na mesa elementos representativos das freguesias de Aboboreira, Amêndoa, Cardigos, Carvoeiro, Envendos, Ortiga e Penhascoso, isto é, de todas as freguesias do concelho.
Entre a assistência contava-se o dr. Emanuel Catarino, presidente do Município, que se encontrava acompanhado por todos os vereadores.
Lidos os pontos da sessão, verificou-se a intervenção de vários assistentes, dos quais distinguimos os esclarecimentos do dr. Emanuel Catarino, relativo ao modo democrático como tinham sido escolhidos os vereadores.
Esboçou-se, então, um movimento para que fossem aproveitadas aquelas pessoas que, no anterior regime, tinham dado provas de capacidade.
Prontamente a mesa esclareceu que todas as pessoas que tinham servido o Estado Novo, fosse qual fosse a sua capacidade, deveriam ser neutralizadas, ao que a assembleia deu o seu unânime acordo.
Entrou-se de seguida no ponto quente do plenário: a escolha das pessoas que formarão a Comissão Administrativa. Democraticamente, resolveu-se que durante o intervalo que se seguiria, as pessoas agrupar-se-iam por freguesias e escolheriam dois elementos por freguesia.
Assim se fez, tendo sido deste modo escolhidos os dois representantes por cada uma das freguesias que integram o concelho. Mas para que a escolha não pudesse sofrer dúvidas do modo democrático como se desejava fosse feita, deliberou-se ainda a efectivação de sessões públicas, em cada uma das freguesias, para ratificação dos nomes escolhidos.
Consequentemente, já foram realizadas durante esta semana algumas sessões para o efeito indicado, pelo que esperamos ser possível anunciarmos os nomes escolhidos, bem como o dos quatro elementos que, finalmente, um colégio eleitoral elegerá entre os dezasseis representantes das freguesias.
Fez-se, deste modo, uma eleição tão democrática quanto as circunstâncias actuais permitem

In Diário de Coimbra - 12/Junho/1974.

sábado, 11 de junho de 2016

21º. CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO SOCIALISTA

No 21º. Congresso do PS, realizado em Lisboa de 3 a 5 deste mês, inexplicavelmente, o PS/Mação não apresentou quaisquer delegados.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

MEMÓRIA 1989 - CHUVA E TROVOADA ORIGINARAM CORTE DE ENERGIA

As chuvas intensas, acompanhadas de trovoadas, que nos últimos dias se fizeram sentir nesta região, originaram cortes frequentes no fornecimento da energia eléctrica que, por vezes, se prolongaram pelo espaço de algumas horas.
As deficiências que acentuadamente se estão verificando no fornecimento de electricidade pela EDP, que apesar das constantes reclamações dos utentes não consegue alterar a situação, não cria grandes expectativas na viabilidade da zona industrial que o Município projecta implantar na periferia desta vila.
Com as estradas que possuímos (o IP6 está cada vez mais longe em termos de  início de construção), mais o recente encerramento pela CP, da secção de transporte de mercadorias e adicionando um deficiente fornecimento de energia eléctrica, haverá algum industrial ou grupo económico que queira investir os seus capitais no concelho de Mação?

In Diário de Coimbra - 9/Junho/1989

quarta-feira, 8 de junho de 2016

MEMÓRIA 1988 - CP SUPRIME PARAGEM DE COMBOIOS

Com a entrada em vigor de novos horários de caminho de ferro, foi suprimida a paragem na estação de Alvega-Ortiga, que serve este concelho, do comboio que às 10:15h fazia a ligação com Lisboa e às 21:25h regressava da capital.
Cada vez esta vila, este concelho, vão ficando mais isolados. É a RN, que funciona com reduções substanciais aos sábados, domingos e feriados. É agora a CP, que limita as comunicações com Santarém e Lisboa.
Certamente, o município terá uma palavra a dizer.

In O Ribatejo - 8/Junho/1988

terça-feira, 7 de junho de 2016

MEMÓRIA 1988 - ANTÓNIOS DE MAÇÃO CONVIVEM

Missa, almoço  e fados. É no dia 12 de Junho, no Centro Recreativo de São Miguel, no Vale de Mação.

In O Ribatejo - 7/Junho/1988

segunda-feira, 30 de maio de 2016

sábado, 28 de maio de 2016

MEMÓRIA 1974 - PRIMEIRO ACTO DA COMISSÃO DEMOCRÁTICA DE MAÇÃO

Como primeiro acto da Comissão Democrática de Mação, conhecida pela sigla CDM, acaba de vir a público a seguinte declaração:

« - Considerando a total ausência de formação política de base que faculte ao povo do Concelho de Mação consciente participação no instaurado Regime Democrático;
  - Considerando que urgente reformulação de princípios deverá imprimir ao sector económico do Concelho os níveis de desenvolvimento indispensáveis à fixação da sua população ajustada a padrões de autêntica vida civilizada;
 - Considerando a manifesta insuficiência dos serviços e meios materiais e humanos ao dispor das populações, para uma conveniente cobertura das prementes necessidades médico-assistenciais  e para acesso eficaz à Cultura mediante estabelecimentos de ensino actualizados e competentes;
 - Considerando que, secundando a ditadura fascista, o autoritarismo obscurantista de minorias  dominantes continua a frustrar  sistematicamente às populações trabalhadoras o direito, que se entende ser urgente restaurar, às legítimas reivindicações sociais;
PROPÕE-SE
1 - A constituição da Comissão Democrática de Mação (CDM) integrando elementos de todas as freguesias do Concelho que, estabelecendo contactos de cooperação com grupos de apoio e organizações democráticas - designadamente C.D.E. - se oriente para a enunciação de soluções que dinamizem as populações no debate e tomadas de posição face à problemática concelhia;
2 - Que a referida CDM  seja composta exclusivamente por pessoas reconhecidamente desafectas e não comprometidas com o regime fascista eliminado, colaborado nos objectivos do Governo Provisório em exercício;
3 - Que a C.D.E. impulsione activamente as populações com vista à sua participação insistente nas tarefas colectivas de reorganização das instituições e eleição  dos quadros  dirigentes;
4 - Que Assembleias Populares a realizar nas autarquias locais, previamente convocadas pela CDM, discutam livremente e deliberem sobre problemas de interesse comum, sancionando as suas decisões com votação de moções pelas quais organismos públicos e privados se vinculem às resoluções que foram aprovadas e não sejam iludidas as justas aspirações populares;
5 - Que a CDM exerça uma campanha no seio das massas populares de todo o concelho, propagando, como direito fundamental dos trabalhadores, o princípio de que a sua intervenção organizada nos vários sectores laborais, desde a produção de bens e serviços - de que são efectivamente os principais  agentes - 
até à própria gestão do processo económico, é garantia de maior justiça na distribuição de rendimentos, libertando-se deste modo da tutela do paternalismo dirigista que sempre os oprimiu na situação de meros obreiros passivos da riqueza.
Votada e aprovada pela CDM em Mação aos 22 de Maio de 1974»

Realizou-se no passado domingo uma reunião de democratas, a nível concelhio, de que esperamos poder dar pormenores numa as nossas próximas edições.

In Diário do Ribatejo - 28/Maio/1974


terça-feira, 24 de maio de 2016

MEMÓRIA 1970 - FUTEBOL

Realiza-se hoje um encontro de futebol entre o C.A.T. do Pessoal da Fábrica Mirrado, desta vila, e o Grupo Desportivo Nunes Corrêa, de Lisboa. O desafio será disputado no Campo do Marco e terá início às 16 horas.

In Diário de Coimbra - 24/Maio/1970 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

1984 DE GEORGE ORWELL


O romance 1984 marcou indelevelmente a literatura do século XX. É uma obra que se lê de forma dolorosa, ao sentir-se quanto é dramática a vida sob uma ditadura impiedosa, que destrói, completamente, a liberdade individual. George Orwell constrói um sistema político ditatorial que todos nós aceitamos  ser possível existir, mesmo actualmente, (Coreia do Norte?), com todos os recursos que estão ao dispor  do Homem. É possível manipular a história para conseguir manter uma ditadura, reformular o passado para o adaptar às circunstâncias actuais que convêm ao ditador, limpar o pensamento de cada cidadão e substituí-lo por um pensamento único. A  força das ditaduras como acontece em qualquer uma,  seja qual fôr o continente em que se localize, a propaganda e a repressão são os pilares do regime. No entanto o aspecto radical de 1984 reside nisto, a  propaganda e a  repressão atingem limites impensáveis. A  propaganda deve refazer por completo toda a personalidade do cidadão: a Winston, o protagonista, é retirado tudo o que o caracteriza como ser humano pensamentos e sentimentos, tudo é reescrito na alma até que o súbdito ame profundamente o Grande Irmão.
(Mothiari, Índia Britânica 25-06-1903<>Camden, Londres, Grã-Bretanha 21-01-1950)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

MEMÓRIA 1974 - O MUNÍCIPIO DE MAÇÃO FACE À SITUAÇÃO DEMOCRÁTICA

Subscrito pelo dr. Emanuel Catarino, presidente do município  local, apareceu afixado, em profusão, nas montras de diversos estabelecimentos locais, o seguinte comunicado, que transcrevemos na íntegra:

«1º. -  Que quando aceitou o cargo de presidente da Câmara, o fez com alguma relutância pelo facto de ser nomeado por uma entidade e não eleito por votação de munícipes, tendo pesado na sua decisão a percepção de que era aceite pela maioria, o que se tem provado por inequívocos testemunhos recebidos.
 2º. - Que não estando «agarrado» ao lugar, com a ideia ou «vã glória de mandar», tem estado sim com o desejo de servir os legítimos interesses dos munícipes e prover o progresso e bem estar no Concelho.
 3º. - Que decidiu seguidamente à revolução de 25 de Abril, colocar o seu cargo e a sua pessoa ao dispor da Junta de Salvação Nacional, mantendo-se no entanto em exercício até decisão da mesma Junta.
 4º. - Que tendo conhecimento do interesse e diligências feitas por pessoas estranhas ao Concelho, no intuito de se constituir uma Comissão Administrativa, sugere que as pessoas contactadas se apresentem com as suas credenciais de representatividade, para se pôr o problema à consideração do delegado distrital da Junta de Salvação Nacional.
 5º. - Tendo nós prestado já o nosso contributo, desinteressado, ao serviço do Município, entendemos que a hora pode ser de renovação - se assim for entendido por quem de direito e a bem do Concelho.
Viva Portugal
Emanuel Sales Belo Catarino
Presidente da Câmara Municipal de Mação»

Sabemos que se fazem tentativas  no sentido da criação de uma Comissão Democrática Concelhia, possivelmente apoiada nos movimentos da C.D.E, mas parece que as pessoas contactadas, conhecidas pelas suas ideias anti-fascistas desde há muitos anos, não se mostram muito entusiasmadas com a ideia, talvez por se sentirem rodeadas por uma população totalmente despolitizada e que, nas últimas eleições do regime fascista concorreu com uma percentagem de 86,7% de votos a favor dos candidatos únicos.
Não nos consta também que se esteja a desencadear qualquer movimento no sentido de destituir os governantes municipais ou sequer os dirigentes das Juntas de Freguesia ou de outros quaisquer organismos corporativos, o que se justifica pelo conformismo que a população do concelho mostrou durante o longo consulado salazarista e caetanista.

In Diário de Coimbra - 18/Maio/1974

sexta-feira, 13 de maio de 2016

MEMÓRIA 1978 - CÂMARA MUNICIPAL NÃO IÇA BANDEIRA

Foi muito notado e comentado o facto de, no dia  primeiro de Maio, a Câmara Municipal não ter hasteada a bandeira nacional no edifício do município, em nítido contraste com alguns edifícios vizinhos - Escola Primária, C.A.T do Pessoal da Fábrica Mirrado e C.T.T. - que tinham a ondular ao vento o símbolo da Pátria.

In Diário de Coimbra - 13/Maio/1978

terça-feira, 10 de maio de 2016

0 PROCESSO DE FRANZ KAFKA


No Processo Joseph K é o homem perdido num mundo irreal em que vive. Joseph K, o protagonista de O Processo, procura desesperadamente deslindar a trama em que alguém o colocou e  esbarra contra um Estado totalitário, impessoal, acima de todos os cidadãos. Joseph K não consegue aceder ao seu processo, por muitas diligências que tenha feito, incluindo o recurso a advogados. Lentamente a Justiça transforma-se numa entidade misteriosa e, seguramente, irreal. Afinal a culpa de Joseph K é a sua existência, única resposta possível para a angústia do desconhecimento da acusação. De todas as obras de Franz Kafka, escritor do absurdo,  esta é aquela em que mais nitidamente o autor consegue aliar o obscuro ao real
(Praga, República Checa 03-07-1883<>Klosterneuburg, Áustria 03-06-1924)


domingo, 8 de maio de 2016

MEMÓRIA 1973 - EXCURSÃO ANUAL DOS ALUNOS DAS ESCOLAS PRIMÁRIAS

Como já vai sendo hábito de todos os anos, os alunos e alunas das escolas primárias desta vila saíram em demanda de novas terras: S. Pedro de Moel e Nazaré - quantos destes jovens ainda não viram o mar? - Tomar, Fátima e Grutas de Santo António, em Mira de Aire, para lhes incutir o gosto pela espeleologia.

In Diário de Coimbra - 8/Maio/1973

sexta-feira, 6 de maio de 2016

MEMÓRIA 1976 - RESULTADO DAS ELEIÇÕES PARA A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Com concorrência de eleitores inferior à da eleição  para a Assembleia Constituinte, foram os seguintes os resultados apurados, por partidos, no concelho de Mação:
PS - 2457 votos
PPD - 2328 votos
CDS - 1940 votos
PCP -   316 votos
UDP -  189 votos
FSP -     95 votos
PDC -    85 votos
PPM -   66 votos
AOC -   60 votos
MRPP - 46 votos
PCP (m-l) - 41 votos
LCI -     40 votos
MES -   36 votos
Por freguesias  o Partido Socialista venceu em quatro, a saber, Envendos, Mação, Ortiga e Penhascoso, sendo que nas eleições de 1975 tinha ganho em seis  freguesias. O Partido do CDS conquistou duas freguesias, Aboboreira e Cardigos, nas eleições do ano transacto não tinha vencido em nenhuma. O PPD venceu, igualmente, em duas  freguesias  Amêndoa e Carvoeiro, o ano passado tinha obtido a maior quamtidade de votos nas freguesias que desta vez votaram CDS.

In Diário de Coimbra - 6/Maio/1976

quarta-feira, 4 de maio de 2016

REALITY SHOW

Ao  Presidente da República, a primeira figura do Estado, é devido o respeito de todos os Portugueses. Mas a agitação do Presidente nos primeiros tempos do seu mandato, acostumados que estávamos ao comportamento sóbrio dos dois anteriores Presidentes, causa-nos  algum desconforto. Apreciaríamos uma postura mais recatada, menos agitação, contenção nas palavras. Mas já conhecíamos o porte  deste Presidente, quando ainda o não era, foi sempre hiper-activo e agora não parece ser capaz de despir a pele de comentador. A continuar neste turbilhão, com selfies à mistura, o Presidente não terá de se queixar se o Povo deixar de o respeitar como primeira figura do Estado.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

CHINA INVADE MAÇÃO

Aqui há um bom par de anos não passaria pela cabeça de ninguém que comerciantes chineses  viessem substituir comerciantes maçaenses. Enquanto os  comerciantes locais dão por finda as suas actividades, crise e reduzida população são as causas principais dos encerramentos, actualmente os dedos das mãos chegam e sobram para contar os estabelecimentos geridos por maçaenses,  acontece que já são três as denominadas "lojas dos chineses"  e acabam de ser negociados, por cidadãos da China, mais três espaços comerciais, num dos   edifícios construídos recentemente em Mação. Desconhece-se, por enquanto, que tipo de negócio   será instalado naquelas excelentes áreas. Oxalá não sejam mais  "lojas de chineses" , já temos que baste. Como nota final, não consta que este novo investimento chinês resulte da recente visita à China do presidente do município de Mação.

domingo, 1 de maio de 2016

HÁ 42 ANOS O 1º. DE MAIO DIA DO TRABALHADOR EM MAÇÃO

Neste dia, mas em 1974, com o espírito do 25/A, realizou-de a maior manifestação popular celebrada em Mação, quiçá, nos últimos 100 anos. O cortejo do 1º. de Maio iniciou-se na Praça Gago Coutinho, percorreu as principais ruas da vila e terminou no Largo Dr. Samuel Mirrado, onde alguns maçaenses proferiram inflamados discursos.

sábado, 30 de abril de 2016

PRAIA DO CARVOEIRO DE MAÇÃO BANDEIRA AZUL 2016


A Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), quase a atingir 30 anos de vida, acaba de conceder, um ano mais,  a Bandeira Azul 2016 à praia do Carvoeiro,  localizada na freguesia do mesmo nome, neste concelho. É já habitual a conquista deste galardão, pelo que a sua reconquista  não origina qualquer surpresa, embora seja muito agradável recebê-lo, face à pouca notoriedade de Mação.