Não houve entendimento entre os partidos da maioria para cortarem no próximo Orçamento do Estado, ainda em discussão na Assembleia da República, a verba de 48 milhões de euros, previstos na proposta daquele documento para subvencionar os custos com as próximas eleições autárquicas. O CDS pretendia que aquela verba fosse reduzida, pelo menos a metade, mas o PSD receando a hecatombe que será, provavelmente, o próximo acto eleitoral, não aquiesceu. Durante muitos anos os membros das mesas de assembleia de voto fizeram esse trabalho gratuitamente, actualmente é pago, e relativamente bem pago, visto que, entre os candidatos aos lugares, há disputas e. mesmo, utilização de "cunhas", para serem nomeados. Em tempos de crise não seria dispiciendo que os partidos, na hipótese de não se encontrarem cidadãos dispostos a trabalhar de modo gratuito, indicassem militantes para ocuparem os lugares vagos. Evitar-se-ia a apresentação de delegados partidários às mesas, uma vez que os seus militantes já integravam as assembleias de voto. Seria um bom sinal dado pelos políticos ao povo, os sacrifícios estavam a ser distribuídos por todos os portugueses e a austeridade também era aceite a nível autárquico.
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