Como milhares de portugueses assisti ontem ao debate na RTP entre Pedro Passos Coelho e José Sócrates. Um deles será o próximo primeiro ministro. Nenhum me convenceu. Reconheço a posição difícil de Sócrates, tem um trabalho efectuado, bom ou mau, sempre sujeito a avalição. Pedro Coelho ainda não deu provas em nada, nunca esteve num governo, passou pela Assembleia da República sem deixar quaisquer recordações, nem mesmo no sector privado onde se movimentou nos últimos anos, antes de regressar à política, deixou obra feita. Sem passado visível a sua posição torna-se mais confortável. O debate centrou-se muito no passado, temas razoavelmente conhecidos por todos nós. E o moderador não foi capaz de tornar os discursos mais inovadores. Intervieram pouco sobre a próxima governação. E esqueceram, sobretudo, que têm a cartilha da Troika para cumprir nos próximos anos. Este seria o tema que os portugueses gostariam de ver debatido, especialmente as medidas que os dois líderes partidários têm para minimizar os seus maléficos efeitos nas nossas vidas.
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