segunda-feira, 30 de maio de 2011

ROTERDÃO

                                              Porto de Roterdão                                                             
                                                          

Aproveitando um maravilhoso dia  de sol, fui visitar Roterdão, uma importante cidade holandesa. A viagem através de excelentes auto-estradas, sem portagens, demorou cerca de duas horas, monótona porque percorrida em regiões essencialmente planas. Passámos junto de Antuérpia, excelente visão da sua grandiosidade, e entrámos na Holanda sem nos apercebermos que estávamos noutro país. Nem uma placa, nem a bandeira tricolor hasteada num mastro. Os países baixos trocaram o nuclear pela energia eólica, daí muitas hélices a rodarem, dando um outro aspecto àquelas extensas planícies, aqui e ali cortadas por canais. Atingimos Roterdão, um dos mais importantes portos da Europa, com uma zona portuária estendendo-se por quarenta quilómetros, desde  a cidade até à costa. É notável a arquitectura de Roterdão, num constante renovar desde a Guerra de 1939/45. Edifícios gigantescos, qual deles o mais surpreendente. É difícil encontrar uma zona antiga. Raros são os os monumentos e igrejas. Nas ruas, topamos a cada passo, com instalações que nos surpreendem pela sua modernidade. Apesar de domingo, o movimento de pessoas, automóveis e ciclistas é intenso. Numa cidade tão avançada em termos de arquitectura, não surpreende que tudo que se encontra à venda, roupas, calçado, móveis, utilidades, seja de um design muito avançado. Almoçámos numa zona onde abundam estabelecimentos de restauração de várias origens, pois estamos numa cidade cosmopolita, e foi num restaurante turco, à luz de velas, apesar de ser dia, que comemos, um prato de que conheci apenas pernas de frango fritas acompanhadas de diversos vegetais e molhos exóticos. Não deixou de ser agradável, mas não me deixou saudades de breve voltar a repetir a experiência. Rumei para a zona portuária porque tinha sido informado tratar-se da uma das mais bonitas zonas da cidade. Um amplo braço de mar que se estenderá pelos tais quarenta quilómetros e em cujos cais estavam atracados alguns enormes barcos de passageiros, dedicados, certamente, a cruzeiros. Foi o bastante para imaginar  quão grande será o porto de Roterdão. Bem perto, num grande parque, uma festa dedicada à música do mundo. Em três palcos gigantes actuavam artistas de diversas origens. Milhares de visitantes espalhavam-se pelo enorme espaço verde, cortado por variados braços de água. Artistas exibiam a sua esquisita arte, para gáudio dos espectadores. Muitos dos visitantes eram emigrantes, turcos, magrebinos e das antigas colónias holandesas. Mas também me foi possível ouvir falar português do Brasil e de Portugal.

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