As pilhagens de Londres não reflectem as necessidades básicas de uma população essencialmente jovem. Roubar telemóveis de topo de gama, plasmas, consolas, vestuário de marca e outros bens não essenciais e obter aquilo que só com bastante dinheiro se consegue é o sonho da maioria da juventude. No Reino Unido, como em Portugal e todos os países desenvolvidos, está a surgir uma juventude desenraizada, que não respeita a família ou é esquecida pela família, sem qualquer noção de trabalho ou disciplina. Ainda há não muitos anos existia em muitos países europeus, incluindo Portugal, o serviço militar obrigatório. Mas sob a pressão da juventude que o considerava apenas um atraso na sua carreira profissional ou estudantil, os políticos sempre dispostos a agradar para não perderem votos, decidiram a sua eliminação. A denominada tropa criava nos jovens hábitos de disciplina, respeito pelas hierarquias, sentido de camaradagem e tornava-os responsáveis. Por isso se afirmava que ir para a tropa era tornar se homem. Dada a impossibilidade de, no actual contexto, se retomar a obrigatoriedade do ingresso nas forças armadas, não seria de criar um qualquer serviço obrigatório, em benefício da comunidade, para ocupar esses jovens que não estudam, não trabalham, apenas vagueiam pelas ruas ou bairros onde vivem.
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