Assisti na passada semana à assembleia geral da Santa Casa da Misericórdia de Mação, com uma extensa ordem de trabalhos. O seu primeiro ponto foi consensual, os órgãos sociais para o próximo triénio, 2012/2014, foram eleitos quase por unanimidade. Tratava-se, como é hábito no nosso País, de uma lista dentro dos parâmetros de "evolução na continuidade". Isto é, os mesmos vão prosseguindo. É de bom tom, por aqui, transformar-se uma lista monocolor numa lista abrangente e existe sempre alguém, imagino o porquê, a prestar esse favor. Mas não são estes assuntos comezinhos que me interessam aqui comentar. O importante é que o orçamento previsional para 2012 prevê receitas no montante de 1.609.505,93 euros valor que, face às despesas previstas, gerará um resultado positivo de 125.599,61 euros, antes de depreciações, gastos financeiros e impostos. É relevante notar que os utentes contribuem com 677.125,91 euros para estas receitas a que se deverão adicionar 719.341,67 euros relativos a subsídios do Estado, um valor nada dispiciendo. Também é de realçar o quanto contribui a Santa Casa da Misericórdia para a depauperada economia deste concelho, atendendo a que os custos com o pessoal atingem o valor de 958.027,02 euros. O representante da empresa responsável pela contabilidade da SCMM teve oportunidade de afirmar que as várias IPSS existentes nas freguesias de Mação, são as principais empregadoras no concelho. não tenho dúvidas, atendendendo ao nosso reduzido parque comercial e industrial. O provedor aproveitou a oportunidade para anunciar a entrada em funcionamento do novo lar e residências, até ao final do primeiro trimestre do próximo ano, resultante da requalificação do antigo hospital da Misericórdia, actualmente em final de obras. Funcionará em regime de lar privado, com mensalidades que não estarão ao alcance de todas as bolsas. A morgue e a lavandaria foram transformadas em residências para serem utilizadas por casais. Este investimento representa um esforço financeiro de cerca de 650.000 euros. A terminar a sessão, e por solicitação do presidente da mesa da assembleia geral, foi guardado um minuto de silêncio em memória de um dos irmãos falecidos recentemente. Mas tendo informado que, desde a última assembleia geral, cinco irmãos haviam falecido, o que não é habitual, frisou, não me parece correcto que apenas se tenha honrado a memória de um irmão, por mais notável que tenha sido em vida. Na morte todos somos iguais. Mas de quem partiu o pedido não se esperava algo diferente.
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