Mantém-se numa situação de impasse o futuro do ensino secundário neste concelho. Por um lado, o proprietário do Externato D. Pedro V, alegando e justificando-se com a sua idade, em que outros exercendo actividade na função pública há muito estão reformados, continua disposto a não abrir as portas dos seu colégio no próximo ano lectivo. Por outro lado o MEC, que já aqui mandou um seu representante, que reuniu com autoridades locais e pais dos alunos, não deu qualquer resposta sobre as possibilidades de no próximo ano lectivo este concelho poder continuar a usufruir de ensino secundário, a expensas do Estado. No meio encontram-se os pais dos alunos sem saberem se os seus filhos terão possibilidades de continuar os estudos pois que para a maioria está fora de causa a hipótese de os enviarem para outras localidades, uma vez que as suas possibilidades financeiras tal não permitem. Segundo conseguimos apurar, o assunto está neste momento entregue ao Conselho Superior da Revolução.
In Diário de Coimbra - 4/Julho/1975
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