Agosto e Setembro são os meses das festas. Por esse país fora, na cidade importante ou na aldeia desconhecida, celebram-se as festas anuais, em honra de um santo ou em cumprimento de uma qualquer tradição. Também este concelho acompanha o movimento cíclico, e sucedem~se as festas, Carregueira, Ortiga, Monte Penedo, Castelo, Pereiro, etc., sedes de freguesia ou pequenos povos, fazem os seus festejos. E os naturais, ausentes na busca de melhores condições de vida, procuram harmonizar a sua visita ao torrão natal com a data das suas festas, juntando-se deste modo pequenas multidões que animam, quase ainda à boa maneira portuguesa, esses festejos de aldeia. Evidentemente que estas festas, a despeito de não terem uma organização complexa, sempre dão bastante trabalho e vivem, como é natural, da carolice de meia dúzia de homens de boa vontade, que sacrificam muito do seu tempo em benefício de todo os paisanos. E é precisamente esse grupo de homens de boa vontade, esse grupo de bairristas que não existe em Mação para fazer renascer das cinzas, como uma nova Fénix, as festas que tiveram fama em toda a região, sendo mesmo consideradas das melhores pelo valor das atracções que apresentavam e quantidade de público que juntavam.
In Diáro de Coimbra - 6/Setembro/1970
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