Em seguimento de uma reunião efectuada entre o Conselho Directivo da Escola Secundária de Mação e grande número de pais de alunos, a que assistiram o presidente do município local e alguns presidentes de juntas de freguesia, foi decidido, por unanimidade, conceder ao MEC o prazo de oito dias para adjudicação das obras finais dos novos edifícios da Escola Secundária desta vila. Esgotado esse prazo, e dadas as precárias condições de segurança que as actuais instalações oferecem, as aulas serão suspensas até que os serviços competentes do MEC dêem andamento à conclusão da nova Escola Secundária.
Um antigo colégio particular, adquirido pelo Estado já após o 25 de Abril, serve actualmente como Escola Preparatória e Secundária, apesar de ter uma capacidade bastante inferior à população escolar que a utiliza. Em muitas classes têm que sentar-se dois alunos em carteiras individuais. O ensino ressente-se das deficientes condições em que é ministrado. Não existem salas de convívio, nem sequer a biblioteca pode funcionar.
Mas o problema mais grave que se coloca ao Conselho Directivo é o estado de degradação em que o edifício se encontra: tectos ameaçam ruir, chove dentro das salas de aula, as paredes apresentam fendas pronunciadas, enfim, todo um cortejo de ruína que põe em causa a segurança das pessoas que diariamente utilizam aquela escola.
Entretanto, a poucos metros, um imponente conjunto de edifícios está quase pronto a ser utilizado, uma vez que, segundo o próprio ministério, a conclusão das obras, que se prende com a instalação eléctrica, não ultrapassaria os trinta dias.
O Conselho Directivo, a despeito de esforços empreendidos desde há longos meses, não consegue demover a pesada máquina burocrática do MEC, motivo por que apelou aos encarregados de educação dos alunos para, em conjunto, se encontrar a solução do problema.
In Portugal Hoje - 3/Março/1980
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