É, actualmente, dos estabelecimentos comerciais mais antigos da praça de Mação. A cadeira, marca António Pessoa, que também fabricava balanças para mercearias, foi comprada há sessenta anos em Lisboa, logo, data da fundação do estabelecimento. Já esteve em casa alugada, mas há muitos anos que é dono do seu próprio espaço, como agora se diz. É uma barbearia à moda antiga, dificilmente se encontrará semelhante por esse País fora, mas o progresso já está presente, no seu equipamento conta-se uma máquina eléctrica para cortar e aparar o cabelo. Para espanto das gerações actuais o António Zé (como carinhosamente é aqui conhecido) é um doublé de barbeiro e alfaiate. Apesar de já ter ultrapassado os oitenta anos ainda trabalha em duas especialidades, barbearia e alfaiataria, mestre em ambas. E ainda tem um hobby a agricultura, e quanto tem sofrido com este tempo em que a chuva rareia. Antes de abrir a barbearia é forçoso passar pela horta. Cuidar das hortícolas e dos vivos, faz parte do seu dia a dia. E no tempo em que o Sol é preguiçoso e se deita tarde, ainda o António Zé passará pela horta para resolver as situações a que a calorosa tarde obriga. Um dia o António Zé vai cansar-se e abandonar as tesouras e a máquina de costura, então o que será dos seus fregueses, o povo, a genuína plebe desta vila.
Sem comentários:
Enviar um comentário