Após sucessivos desmentidos, finalmente, o ministro da Economia Luis Guindos, anunciou ontem um apoio financeiro, aprovado pelo Eurogrupo, no montante de 100.000 milhões de euros, o dobro do estimado pelo FMI. O primeiro ministro Rajoy, que estará hoje presente no jogo de futebol Espanha-Itália, para o Europeu, escusou-se a anunciar a ajuda financeira, delegando essa comunicação num dos seus ministros, pelo que se afirma "que Rajoy só tem agenda desportiva". Esta ajuda financeira evitará a quebra de uma boa parte das entidades bancárias espanholas, que principiou com as dificuldades do banco Bankia. Ainda se desconhece quanto custará a factura milionária, mas afirma-se que em condições muito favoráveis, melhores que as do mercado. Rajoy argumenta com a credibilidade espanhola, para afastar a ideia de resgate, o que sucedeu com Portugal, Grécia e Irlanda, e afirmar que se trata de uma linha de crédito à banca. O orgulho espanhol jamais permitiria que se falasse em resgate, palavra associada a falência, mas na verdade é do que se trata. Resta saber quais serão as consequências para Portugal, que tem em Espanha o maior mercado de exportação.
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