Já não nos víamos há um bom par de anos. Aconteceu agora no Restaurante Avenida, onde, cumprindo um quase ritual diário, estava a almoçar. Apreciei reencontrá-lo. Gostamos sempre de rever os amigos. Encontro rápido, a troca habitual de palavras quando o desencontro é prolongado. Vinha com companhia. Prossegui o almoço e, não sei porquê, veio-me à memória um filme de há já muitos anos, em que ambos éramos vereadores, em campos opostos, claro, ele em regime de permanência, com responsabilidades, eu, sem pelouros, como aliás é habitual. Nesses quatro anos na Câmara Municipal tive oportunidade de apreciar estar em presença de um político rigoroso, exigente, competente, educado (raro na oposição maioritária), novo nas ideias e com grande vontade de desenvolver o concelho. Decidi terminar a minha participação política, quando o mandato de vereador chegou ao seu termo. O meu amigo prosseguiu. Eleito vereador na legislatura seguinte, ascendeu ao lugar de presidente da Câmara, por impedimento do presidente Elvino Pereira, problemas de saúde a isso o obrigaram. E o engº. António Manuel de Matos Oliveira foi capaz de desempenhar as funções da presidência com grande competência. Criou muitos anti-corpos porque atreveu-se a mexer em vários interesses e vícios instalados. Cargo transitório até ao regresso do presidente Elvino Pereira. Nas eleições seguintes, face aos desejos de Elvino Vieira da Silva Pereira (Pombo) não continuar, para surpresa de muita gente, a escolha do candidato do PSD recaiu sobre um desconhecido no concelho, nascido em Angola, que se agarrou a um avoengo para se afirmar. Os resultados estão à vista. A somar a tantas perdas, Mação desperdiçou mais uma oportunidade.
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