Dia de Pentecostes feriado nacional. Como se sabe o catolicismo é a religião predominante da Bélgica. Visita ao Luxemburgo, país detentor de um dos mais elevados níveis de vida da Europa. Partimos com destino às Ardenas, a sudeste do território. Como tudo é relativamente perto e o país está servido por uma excelente rede de auto-estradas, é cómodo e rápido viajar, e barato, pois não existem portagens. Um senão, os combustíveis são mais caros do que em Portugal. As auto-estradas estavam saturadas e, por vezes, circulava-se quase a passo de caracol. Atravessámos Namur, uma das mais importantes cidades do país, bordejámos Lovaina-a-Nova, cidade construída de raiz para nela ser instalada a universidade católica, "expulsa" de Lovaina pelos flamengos. Bordejámos, durante muitos quilómetros o rio Mosa, nascido em França, com uma extensão de 950 quilómetros e que vai desaguar no Mar do Norte, em terras holandesas. Encontrámos uma paisagem muito bela, pois o rio corre entre montes que no seu sopé possuem uma agricultura pujante. Passámos numa zona de intenso cultivo de morangos, famosos na Bélgica. O Mosa é navegável em toda a sua extensão e para esse efeito, foi necessário construírem-se várias oclusas no seu percurso. Fomos encontrando muitos batelões atracados às suas margens, feriado, não se trabalha. Atingimos Dinant, uma pequena cidade, apertada entre altas encostas, vivendo essencialmente do turismo proporcionado pelo rio Mosa. Muitos restaurantes e bares nas suas margens, cruzeiros e pequenas embarcações sulcavam as águas. Almoçámos num acolhedor e típico restaurante, pertença da famosa cervejeira Leffé, com instalações fabris em Dinant. Nada de especial, truta grelhada com batata cozida e molho de manteiga, ementa possível em Portugal, acompanhada de cerveja Leffé, tudo isto por um preço razoável. Ficamos emocionados quando longe da Pátria encontramos hasteada a bandeira portuguesa e tivemos esse grato prazer, a bandeira verde-rubra hasteada ao lado de outros símbolos europeus precisamente numa das pontes que liga as duas margens do rio Mosa. Deve ser difícil viver em Dinant durante o inverno, certamente com poucos turistas, muito frio, muito nevoeiro, a maior parte dos estabelecimentos encerrados. Imaginei esse cenário triste num dia brilhante de sol quente mas com uma ligeira brisa. Ala milhano a caminho de Bouillon, uma pequena cidade em tudo semelhante a Dinant, com bastantes turistas também, e a beleza que lhe dá o Mosa. Tentámos visitar o castelo de Fernando de Bulhões, implantado numa das encostas da cidade, as horas de visita tinham terminado. Estávamos em plena Ardenas, onde se desenrolou a célebre batalha do mesmo nome, durante a última guerra mundial. Deixámos para trás Bouillon e rumámos em direcção ao Luxemburgo. Aqui a fronteira estava bem sinalizada, o viajante tinha perfeito conhecimento que estava entrando noutro país. Galgámos os quilómetros que nos separavam da fronteira e entrámos na cidade do Luxemburgo, enorme, amplas avenidas, edifícios grandiosos, e com um bloco de construções afecto à União Europeia, que surpreende pela sua grandiosidade. Feriado, também, daí haver um movimento diminuto de pessoas e automóveis e,
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