terça-feira, 14 de junho de 2011

BYE BYE BRUSSELS

                                        Grand-Place  -  Ícone de Bruxelas


No aeroporto de Zaventem  duas horas antes da partida do voo, por diversas razões, entre as quais o grande movimento de passageiros, a dificuldade e complexidade do controlo de entrada e a enorme extensão do aeroporto. A partida atrasou-se ligeiramente, porque, foi necessário retirar a bagagem de dois passageiros que não se apresentaram à entrada do avião. Reactores a aquecer, forte ronco das turbinas e avançámos naquelas imensas pistas. É um momento de sobressalto quando o avião, alcançando o máximo da velocidade, começa a descolar. Nunca se sabe o que poderá acontecer. O avião tem força suficiente para se manter no ar e subir para aqueles céus infindos ou, sem força de impulsão, vem estatelar-se no solo. À medida que tomámos altitude o coração regrediu para o ritmo normal e, então, já tranquilos rumámos a Lisboa. Ao deixarmos o aeroporto de Bruxelas sobrevoámos apenas terrenos agrícolas e bosques. Raras as casas. Até Lisboa a viagem decorreu calma, debaixo de um sol escaldante que rompia pelas janelas e sobre um amplo e belo mar de nuvens. Já em Portugal  apontámos para a costa e foi bonito ver as ondas  espraiando-se pela nossa costa. No horizonte o sol encaminhava-se para o poente. Atingimos, finalmente, o amplo estuário do Tejo, volteámos, em direcção a Lisboa, sobre o Cabo Espichel, sobrevoámos o monumento ao Cristo-Rei, vislumbrámos, ao longe, o pórtico da antiga Lisnave e passámos ao lado da ponte 25 de Abril, tão perto que quase nos permitia reconhecer as marcas dos automóveis que nela circulavam. E descendo para o aeroporto da Portela, foi possível sobrevoarmos, bem próximo, milhares de telhados das casas de Lisboa. E questionei-me, e se um dia um avião cair sobre a capital. Quem assume a responsabilidade de termos um aeroporto dentro da cidade. E com os mesmos sobressaltos da partida, aterrámos, finalmente, em Lisboa. A noite tinha coberto a cidade com o seu manto de escuridão.

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