Um dia de sol como hoje. Frio, muito frio que se sentia nos ossos. Transbordo no Entroncamento. O comboio desconfortável corria com dificuldade. Poucos passageiros, era domingo ao começo da tarde. O Tejo ladeando a linha tornava a viagem, para quem a fazia pela primeira vez, estranhamente bela. A então desconhecida Abrantes, lá longe no alto. Alvega era apenas Alvega. O atravessamento de uma pequena ponte confundiu o viajante, para o norte para o sul, qual o destino? A vila pequena e simples. Sob o olhar curioso dos fregueses passagem pelo Café Ideal e Café Central. Para quem vinha da cidade, as ruas modestamente iluminadas e sem movimento originavam desconforto e dúvidas. Uma nova vida ia começar. Longe da família e dos amigos. O comboio subia mas também descia. Neste dia 31, mas em 1960.
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