Como todos saberão as cerimónias do 5 de Outubro, anualmente promovidas pelo município de Lisboa, pouco ou nada interessam aos portugueses e, também, aos lisboetas, apenas um reduzido número de pessoas se deslocava à Praça do Município para assistir à cerimónia. A implantação da República foi há 102 anos, já nada representa para a maioria dos nossos cidadãos. Este ano aquela cerimónia, que não interessa a ninguém, repito, fez correr muita tinta. Desde logo pelo aparato policial, parecia que estamos a viver um período revolucionário, depois porque, pela primeira vez, a cerimónia, diga-se os discursos da praxe, ocorreram num local fechado, com acesso restrito - a Praça da Galé e, por último, porque aconteceu aquele momento insólito e ridículo, a bandeira nacional foi hasteada de "pernas para o ar". Um curto comentário às comemorações de Lisboa, do definitivo feriado do 5 de Outubro. O aparato policial justifica-se porque já se notou que Cavaco Silva, os ministros e os deputados lidam mal com as vaias. A transferência de local é o resultado desse difícil convívio. O caso da bandeira, pese o embaraço da situação, deveria ter sido objecto de correcção imediata. Quanto à substância da cerimónia, os discursos, Cavaco Silva, efectivamente não mora em Portugal e António Costa foi capaz de fazer o discurso que, certamente, António José Seguro gostaria de ler. A ausência de Pedro Passos Coelho não é para comentar. Declarações finais: por mero acaso segui a transmissão integral da cerimonia porque outros afazeres me mantiveram perto do televisor. Não vi anunciado na agenda de eventos do concelho de mação 09/10 2012 a realização de qualquer cerimónia alusiva ao 5 de Outubro, como o simples içar da bandeira nacional ao som da Portuguesa tocada pela F.U.M..
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