Após a comunicação ao País, no seguimento do chumbo pelo Tribunal Constitucional de algumas normas do orçamento para este ano, Passos Coelho, na companhia de Vítor Gaspar, foi recebido pelo Presidente da República. A conversa ficou pelos três. Ontem, Cavaco Silva, na Assembleia da República, alertou-nos para a gravidade da situação que nos espera a partir de meados de 2014. Nos termos do Tratado Orçamental, o défice estrutural não poderá ser superior a 0,05% do PIB e o rácio da dívida pública de 124% previsto para 2014 terá de convergir no futuro para 60%. E adiantou a necessidade de, nesse horizonte temporal já muito próximo, ser preciso garantir a confiança das instituições da União Europeia e dos mercados financeiros. A conflitualidade permanente e a ausência de consensos afectará grandemente o interesse nacional penalizando os que não têm emprego, disse ainda. São palavras muito duras, que nos obrigam a meditar sobre o nosso futuro colectivo. Temos o direito de desconfiar que o Governo, por questões eleitorais, nos anda a esconder a verdade sobre a real situação das nossas contas. Gaspar, acompanhado do seu Primeiro Ministro, na referida reunião, esclareceu amplamente o Presidente que, querendo lavar as mãos, informou o País das perspectivas do próximo futuro.
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