quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

HOJE



Faríamos uma pequena festa, lembrando-nos daqueles que estão muito longe. Haveria telefonemas de felicitações. Na mesa, que estaria farta, com as mais diversas iguarias, e os melhores vinhos, duas velas, e, cada uma delas, teria inscrito um número, o dos anos que se celebrariam. Recordaríamos, talvez, o passado. Tantos anos, tantos que lhes havíamos perdido a conta. Não faríamos projectos para o futuro, porque o futuro seria já amanhã. E tudo findaria num beijo que representaria uma vida de muitos anos. Seria um dia feliz, concerteza, a juntar a tantos que tivemos numa tão prolongada união. Mas os fados não quiseram que esta festa se realizasse. 

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