No Centro de Arte Moderna - José de Azeredo Perdigão, João Proença expõe Trabalhos com Texto e Imagem. Só tive paciência para ver um dos seus vídeos e, confesso, não é um tipo de arte que muito aprecie. Arranjei, porém, pachorra para apreciar o seu trabalho de início ao fim. Mas para meu mal, não consegui formar qualquer opinião. Proença, creio, tem feito a sua carreira no estrangeiro. Passei a "correr" pela exposição Labirintos que apresenta trabalhos de Ana Jotta, Paula Rego, João Pedro Valle, Noé Sendas, Sérgio Pombo e Teresa Magalhães, entre outros, pois desejava rever as pinturas de Amadeo de Sousa-Cardozo na exposição permanente que daqui a poucos meses encerrará. E não é todos os dias que posso ir à Gulbenkian. Amadeo de Sousa-Cardozo teve uma vida curta. Nasceu em Amarante em 1887 e faleceu em Espinho em 1918, vitimado pela pneumónica, epidemia que por esse tempo grassou em Portugal. Percursor no nosso país da arte moderna, notabilizou-se por prosseguir o caminho dos grandes artistas da vanguarda da sua época. Estudou na Academia das Belas Artes de Lisboa em 1905 e partiu no ano seguinte para Paris, que era então a capital da arte, nela vivendo os mais importantes pintores desse tempo. Contacta e segue as novas escolas do impressionismo, expressionismo e cubismo. De regresso a Portugal, aquando do início da guerra de 1914-1918, expõe em Lisboa e Porto, causando espanto pela novidade da sua pintura e, ao mesmo tempo, algum escândalo por aquilo que ela tinha de diferente do que se fazia nessa época. Na sua curta existência ainda lhe foi possível expôr em Nova Iorque no Armory Show. Quando foi ceifado pela morte seguia a experimentação de novas formas de expressão do cubismo, expressionismo e também colagens. Nesta exposição é possível apreciar um lote variado de trabalhos de Amadeo de Sousa-Cardozo.