terça-feira, 31 de maio de 2011

JOAN MIRÓ


                                                     Na esteira de Joan Miró

Desloquei-me ao Espace Culturel ING para ver a mostra do pintor catalão Joan Miró. A exposição encerrará a 9 do mês próximo, por isso tive a grande oportunidade de apreciar 120 pinturas, gravuras , esculturas e desenhos que ilustram a predominância do trabalho poético da obra de Miró e testemunham a sua marca nos diferentes percursos do artista. O acento é posto na produção do pintor catalão, vivendo em França , a partir das últimas obras realizadas justamente antes da Segunda Guerra Mundial e sobre a célebre série das Constelações, executada durante a guerra.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PORTO DE BRUXELAS

                                                             Porto de Bruxelas


E ao terceiro dia fui reconhecer Bruxelas, de Metro até à estação de Brouckère. Subi e encontrei-me na praça com o mesmo nome, bem no coração da cidade. Dispus-me então a calcorrear algumas ruas já minhas conhecidas. Encaminhei-me para a rua Neuve, um verdadeiro centro comercial aberto, dado que as lojas das grandes marcas internacionais aí se encontram, Zara, H&M, CeA, a par de algumas excelentes marcas belgas. Apesar de não ser racista, reconheço que ano após ano, esta rua nobre bruxelense se está a transformar no local predilecto da emigração magrebina, mas não só, também deparamos com muitos mendigos romenos, e relativamente poucos belgas. Percorrida a extensa rua Neuve entrei no Boulevard Baudouin, uma longa avenida, cortada por muitas ruas transversais, com um movimento automóvel intenso, tão intenso que obriga a desprezarem-se os semáforos e a orientação do trânsito ter de ser conduzida por polícias naqueles cruzamentos mais congestionados. Ao longo da avenida fui passando por inúmeros lojas que encerraram a sua actividade e cruzei-me com algumas prostitutas, sinal dos tempos de crise que atravessamos que, afinal,  toca a todos. Após uma longa caminhada cheguei ao denominado porto de Bruxelas situado no ponto mais importante do canal que atravessa a cidade e que mantém um intenso tráfego de batelões de transporte de mercadorias em direcção a Antuérpia. 

ROTERDÃO

                                              Porto de Roterdão                                                             
                                                          

Aproveitando um maravilhoso dia  de sol, fui visitar Roterdão, uma importante cidade holandesa. A viagem através de excelentes auto-estradas, sem portagens, demorou cerca de duas horas, monótona porque percorrida em regiões essencialmente planas. Passámos junto de Antuérpia, excelente visão da sua grandiosidade, e entrámos na Holanda sem nos apercebermos que estávamos noutro país. Nem uma placa, nem a bandeira tricolor hasteada num mastro. Os países baixos trocaram o nuclear pela energia eólica, daí muitas hélices a rodarem, dando um outro aspecto àquelas extensas planícies, aqui e ali cortadas por canais. Atingimos Roterdão, um dos mais importantes portos da Europa, com uma zona portuária estendendo-se por quarenta quilómetros, desde  a cidade até à costa. É notável a arquitectura de Roterdão, num constante renovar desde a Guerra de 1939/45. Edifícios gigantescos, qual deles o mais surpreendente. É difícil encontrar uma zona antiga. Raros são os os monumentos e igrejas. Nas ruas, topamos a cada passo, com instalações que nos surpreendem pela sua modernidade. Apesar de domingo, o movimento de pessoas, automóveis e ciclistas é intenso. Numa cidade tão avançada em termos de arquitectura, não surpreende que tudo que se encontra à venda, roupas, calçado, móveis, utilidades, seja de um design muito avançado. Almoçámos numa zona onde abundam estabelecimentos de restauração de várias origens, pois estamos numa cidade cosmopolita, e foi num restaurante turco, à luz de velas, apesar de ser dia, que comemos, um prato de que conheci apenas pernas de frango fritas acompanhadas de diversos vegetais e molhos exóticos. Não deixou de ser agradável, mas não me deixou saudades de breve voltar a repetir a experiência. Rumei para a zona portuária porque tinha sido informado tratar-se da uma das mais bonitas zonas da cidade. Um amplo braço de mar que se estenderá pelos tais quarenta quilómetros e em cujos cais estavam atracados alguns enormes barcos de passageiros, dedicados, certamente, a cruzeiros. Foi o bastante para imaginar  quão grande será o porto de Roterdão. Bem perto, num grande parque, uma festa dedicada à música do mundo. Em três palcos gigantes actuavam artistas de diversas origens. Milhares de visitantes espalhavam-se pelo enorme espaço verde, cortado por variados braços de água. Artistas exibiam a sua esquisita arte, para gáudio dos espectadores. Muitos dos visitantes eram emigrantes, turcos, magrebinos e das antigas colónias holandesas. Mas também me foi possível ouvir falar português do Brasil e de Portugal.

domingo, 29 de maio de 2011

ACORDAR EM BRUXELAS


                                                     Gare Centrale - Bruxelas      

Manhã tipicamente belga, o sol escondido sob algumas nuvens, que após o meio dia, empurradas por vento suave rumaram em direcção ao norte e, o astro-rei, apareceu, então, brilhante. Ao começo da tarde uma ida ao Carrefour, onde muita gente, belgas e não só, aproveitavam o sábado para se abastecerem. Interessante apreciar os preços, comparando-os com os nossos. O salário mínimo belga é actualmente de 1415,24 euros, substancialmente superior ao português, no entanto os preços dos produtos não espelham essa diferença. Grande variedade de artigos, predominando os produtos belgas. Uma oferta reduzida de peixe: salmão e pouco mais. Na Bélgica, o peixe não é muito apreciado. A cerveja, embora existindo uma grande variedade de marcas, é vendida a um preço proibitivo, atinge o valor de uma garrafa de um vinho, de qualidade razoável, em Portugal. O  resto da tarde serviu para revisitar Sterrebeek, uma pequena vila na periferia de Bruxelas. Muitas pessoas entravam na igreja de Saint Pankratius. Seis da tarde hora da missa vespertina. Trata-se de uma igreja ampla, plena de luz, muito despojada, poucas imagens e algumas pinturas representando santos. Crentes poucos e de idade avançada, talvez um só casal na casa dos quarenta e nenhum jovem. Naturalmente, estando numa zona flamenga, a missa foi celebrada nessa língua. No final o padre deslocou-se para a saída e foi cumprimentando os fiéis trocando com elas algumas palavras, prática que aqui não é usual. .

sexta-feira, 27 de maio de 2011

DE PARTIDA PARA A CAPITAL DA EUROPA

Dentro de algumas horas voarei para Bruxelas. Estarei por lá alguns dias. Acompanharei através da web o que vai sucedendo neste País. Confesso que vou desiludido com o decorrer da campanha eleitoral. Não se debate o que é essencial para a vida dos portugueses. Só poeira que as chuvas dos últimos dias desfizeram  rapidamente. Não tenho qualquer dúvida que a nossa comunicação social é responsável pelo baixo nível da campanha, porque se transformou numa câmara de eco daquilo menos interessante, mas mais apelativo à arraia miúda, que os líderes partidários debitam. Espero que após as eleições de 5 de Junho, cujo resultado não será conclusivo atendendo às sucessivas sondagens divulgadas, os partidos que poderão ser poder se entendam, porque acima dos interesses partidários se sobrepõem as dificuldades do País. Infelizmente, pelas intervenções recentes das mais importantes figuras políticas, não se vislumbra essa conclusão.

terça-feira, 24 de maio de 2011

FREIXEDAS NO CONCELHO DE PINHEL

                                              Freixedas  -  Cruzeiro           


É uma extensa aldeia nos bordos da antiga estrada que liga Pinhel à Guarda. Tem escola, correios, igreja, lar de terceira idade, centro de saúde, farmácia, agência bancária e, também, piscina. E tudo funciona. Um exemplo.

CRUEL É A VIDA

Há poucas semanas atrás havíamos estado juntos, acorrera ao seu encontro quando alertado que nem tudo estava a correr bem. Encontrei-o numa cama de hospital, já recuperado, após ter sido submetido a tratamento adequado à sua situação clínica. Poucos dias depois, crueldade da vida, sobreveio-lhe um AVC, com implicações no processo de recuperação que se vinha observando. A despeito de todos os cuidados médicos que lhe foram aplicados nesse hospital de excelência, não se observaram quaisquer melhoras. Pelo contrário a degradação cerebral foi-se acentuando, de tal modo que o tornou incapaz de reconhecer familiares e amigos. Nada mais havia a fazer senão transferi-lo para uma UCCI. Decidi ir visitá-lo, num domingo quente de sol, bom para muitos, mas não para todos. Pelos avisos que me foram chegando estava preparado para o pior. Não me reconheceu. Nem mostrou o mínimo interesse em estar comigo. Cruel é a vida. Fugiu do seu mundo de sempre. Agora, rodeado de novos conhecimentos ou, mais provavelmente, cercado por fantasmas, espera pela hora da partida. Regressei destruído.



domingo, 22 de maio de 2011

SERRA DA ESTRELA

                                                     Serra da Estrela
A montanha mais elevada de Portugal continental. É bela coberta de neve e quando não há visitantes para a sujar.

sábado, 21 de maio de 2011

DEBATE SÓCRATES/COELHO

Como milhares de portugueses assisti ontem ao debate na RTP entre Pedro Passos Coelho e José Sócrates. Um deles será o próximo primeiro ministro. Nenhum me convenceu. Reconheço a posição difícil de Sócrates, tem um trabalho efectuado, bom ou mau, sempre sujeito a avalição. Pedro Coelho ainda não deu provas em nada, nunca esteve num governo, passou pela Assembleia da República sem deixar quaisquer recordações, nem mesmo no sector privado onde se movimentou nos últimos anos, antes de regressar à política, deixou obra feita. Sem passado visível a sua posição torna-se mais confortável. O debate centrou-se muito no passado, temas razoavelmente conhecidos por todos nós. E o moderador não foi capaz de tornar os discursos mais inovadores. Intervieram pouco sobre a próxima governação. E esqueceram, sobretudo, que têm a cartilha da Troika para cumprir nos próximos anos. Este seria o tema que os portugueses gostariam de ver debatido, especialmente as medidas que os dois líderes partidários têm para minimizar os seus maléficos efeitos nas nossas vidas.

HOJE ALMOÇO/COMÍCIO DO PS EM OURÉM

Já dei para este peditório. Muitas vezes.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A TRAGÉDIA DE DOMINIQUE STRAUSS-KAHN

Ex-homem forte do FMI. Francês. Talvez ex-candidato socialista às eleições para a presidência francesa de 2012. Abandonou hoje a cadeia e vai ficar em prisão domiciliária com o uso de pulseira electrónica após ter apresentado uma caução no valor de 700.000 euros. Acusado de crime sexual por uma empregada de limpeza de um hotel novaiorquino, guineense, a viver nm bairro pobre daquela metrópole. A França ficou chocada. E nós, portugueses, com a dureza da justiça americana, que nos foi dada a observar nos tele-jornais, igual para pobres e ricos. D.S.K, como é tratado pelos gauleses, está sujeito a uma pena máxima de 74 anos.  

quarta-feira, 18 de maio de 2011

RECUSO-ME A ACREDITAR

Em Braga há padres que pedem a Deus a vitória do Sporting local no jogo desta tarde, em Dublin, frente ao Futebol Clube do Porto, na final da Taça Europa, informa a Rádio TSF no seu noticiário do meio-dia.

CAMPANHAS ELEITORAIS

Alguns dos candidatos socialistas pelo distrito de Santarém às eleições de 5 de Junho, efectuaram uma visita, no passado sábado, a algumas freguesias do concelho. Aquelas onde a Esquerda tem maior aceitação. Esta iniciativa traz-me à memória muitas campanhas eleitorais, a que me associei, ou de que fui responsável, sempre ligadas ao PS. Os tempos eram bem diferentes, havia muito mais adesão ou repulsa, do lado dos cidadãos a que se destinavam. Éramos recebidos com simpatia por alguns , mas também com animosidade por muitos outros. Não era fácil. O caciquismo imperava em algumas freguesias, especialmente as do norte do concelho. O PSD controlava. Pessoalmente não tenho razões de queixa, em muitos anos de campanha, por todo o concelho, da Ortiga a Cardigos, nunca fui maltratado ou sequer molestado. E nesses tempos, já tão longínquos, criei amigos em todas as freguesias, dos mais variados quadrantes políticos, muitos deles, infelizmente, já não estão entre nós. Enquanto fui responsável pelos destinos do PS/Mação, nunca deixámos de fazer campanhas eleitorais, quer se tratasse de eleições autárquicas, legislativas, presidenciais ou europeias. Com grande entusiasmo as autárquicas, com o dever de cumprimento de uma obrigação as europeias. Os tempos eram muito diferentes dos actuais. Agora, com a descrebilização que afecta toda a classe política, às pessoas, a televisão é suficiente, com os seus tele-jornais e alguns debates. Nesses tempos, repito, difíceis, não corríamos atrás de nada, apenas por paixão do ideário socialista. Nesta curta evocação quero aqui registar, esperando que os gastos da memória não me atraiçoem,  o nome de alguns que nos acompanharam nestas caminhadas e que, contingências da vida, já não estão connosco - António da Silva Catarino, Francisco Alexandre (Pistolas) e José Bento.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

TROVOADAS EM MAIO

Após dias de intensos calores, lembrando-nos o Verão que ainda não está perto, começaram a surgir algumas nuvens de côr negra pressagiando tempestade. Maio mês das trovoadas, diz o ditado popular,  nunca desmentido. Brilhantes relâmpagos, encheram os negros céus de luz. E o barulho tremendo dos trovões fez-nos pensar na força da natureza, de que muitas vezes nos esquecemos. Finalmente os céus romperam-se e a chuva surgiu em grossos cordões.  A Mãe-Natureza em todo o seu esplendor.

domingo, 15 de maio de 2011

CIDADE DE TORRES VEDRAS

                                                  Castelo de Torres Vedras

Revisitei Torres Vedras. Conheci-a como vila, famosa pela Hipólito que fabricava os fogões a petróleo do mesmo nome e que rivalizavam com os conceituados Sunflower, de origem americana ou, talvez, inglesa. Estávamos no começo da segunda metade do século XX. Agora Torres Vedras é cidade, cheia de avenidas e rotundas e muitos edifícios iguais a tantos que enxameiam as nossas novas cidades. Revisitei-a num domingo de Maio, sem vida, quero dizer sem pessoas. Trago nos olhos o castelo e o panorama que daí nos enche o espírito.