quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

JUNTARAM-SE OS DOIS À ESQUINA A TOCAR A CONCERTINA E A DANÇAR O SOLIDÓ



Toda esta agitação no PS, surgida de repente, para um militante de base, com muitos anos de militância, tem uma explicação demasiado simples, alguns senhores querem desde já, mostrar o seu poder e garantir os lugares a que acham ter direito, por antiguidade, serviços prestados, etc., etc., numa previsível queda do Governo e eventuais eleições. Tanta agitação, especialmente nos media, sempre à procura de factos sensacionais, e aparentemente tudo ficou na mesma. Mas alguns figurões conseguiram mostrar a sua importância e que, necessariamente, têm que contar com eles. Todo este barulho foi bom para o PS e, em última análise, para o País, claro que não. Excelente para o PSD que, por momentos, fez esquecer os problemas que nos complicam a vida. Hoje Costa, no programa "Quadratura do Círculo" na SIC Notícias,  impõe a António José Seguro  um prazo, até 10 de Fevereiro próximo, dia do Conselho Nacional do PS, para unir o Partido. Seguro e Costa encontraram-se ontem, durante pouco tempo, e soube-se que entre os dois houve uma conversa franca. Seguro vai propor a marcação do Congresso Nacional, ficámos a saber. Entretanto Zorrinho, líder da bancada socialista no Parlamento,  vem esclarecer que toda esta agitação é por ideias e não por lugares, como se alguém fosse capaz de acreditar. Costa sabe, bem melhor do que eu,  que se concorrer a secretário-geral do PS terá muito dificuldade  em reconquistar a presidência do município de Lisboa, a não ser que a sua vontade seja mesmo essa. 

MEMÓRIA 1973 - UMA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA ILUMINADA A PETRÓLEO

A propósito de electricidade aqui deixamos a notícia de que a estação de Alvega-Ortiga, na linha da Beira-Baixa, e que serve este concelho, continua a ser iluminada a petróleo, o que não deixa de ser típico.
Mas o mais inteessante da notícia é que na freguesia onde esta estação se encontra situada, existe, há muitos anos, uma fonte produtora de electricidade: a Barragem de Belver.

In Diário de Coimbra - 31/Janeiro/1973

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1972 - O SINDICATO DO PESSOAL DA INDÚSTRIA DE LANIFÍCIOS VAI ABRIR UMA DELEGAÇÃO

Realizou-se no passado domingo, como tínhamos noticiado, uma reunião de trabalhadores da indústria de lanifícios com a direcção do seu Sindicato, cuja sede é em Lisboa.
À referida reunião assistiu grande número de trabalhadores, nela se tendo procedido à eleição dos delegados concelhios, a quem foram dados plenos poderes, pela Direcção do Sindicato, para instalação de uma Delegação que terá, em princípio, secretaria e sala de convívio.
Foram ainda debatidos outros assuntos de interesse para a classe, nomeadamente a entrada em vigor do novo contrato colectivo para a classe.
O Sindicato do Pessoal da Indústria de Lanifícios é, de longe, o mais poderoso neste concelho, pelo elevado número de trabalhadores que congrega.

In Diário do Ribatejo - 30/Janeiro/1972

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A DECADÊNCIA DE UMA VILA XVIII



Mação, paredes de antiga casa (centenária?) na bifurcação da Rua Luís de Camões e Travessa das Almas.

domingo, 27 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1968 - FEIRA DE JANEIRO

Realizou-se no passado domingo a tradicional feira de Janeiro, que todos os anos se efectua no terceiro domingo deste mês.
Houve abundância de vendedores, mas os compradores também não faltaram, tendo-se realizado, por consequência, bastantes transacções.

In Diário de Coimbra - 27/Janeiro/1968

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O CANTINHO - RESTAURANTE MARISQUEIRA



Boa comida entre o tradicional e o caseiro, hoje, por exemplo, as favas com entrecosto estavam divinas, preços convenientes, doses generosas. Mais frequentado, talvez,  por forasteiros do que por residentes, ainda que já me tenha cruzado, por diversas vezes, com importantes personagens locais e seus convidados. Não é lugar de luxos, as paredes revestidas a azulejos, como a ASAE gosta, encontram-se suficientemente preenchidas com bastas referências, recordações de amigos, brasões das freguesias do concelho, fotos antigas de Mação. Uma formosa cabeça de veado imprime o toque campesino  à decoração. As mesas, rectangulares ou redondas, bem dispostas na sala, são suficientemente acolhedoras e convidam a agradável refeição. Pode afirmar-se que o restaurante mudou de porta. O Cantinho, ali na Rua Monsenhor Álvares de Moura, mais conhecida por Rua Nova, abriu em 1998, há pouco, porém,  transferiu-se para um espaço sensivelmente maior, mas com todas as comodidades. Oferece um vasto cardápio que vai dos mais variados peixes de rio ou  mar, às carnes de bovino, porcino e aves, sem esquecer os mariscos. Ao viajante, para além do famoso bife "à Cantinho", que é há muito uma instituição,  aconselham-se os diversos pratos de grelhados de porco, com destaque para os "abanicos" e o arroz de marisco. Nas sobremesas, feitas na casa,  acontece o mesmo, a oferta é grande, baba de camelo, mousse de manga, tartes várias, tijelada de mel e não falta a fruta da época. Aproveite o conhecimento de vinhos do Snr. José, o proprietário, e aprecie a sua selecção. Fiquei entusiasmado com a qualidade dos tintos "Margalha" e "Pausa", ambos de 2008, produção da Quinta da Margalha, do vizinho concelho do Gavião. O atendimento é absolutamente profissional, raro encontrar-se pela província, mas a que deve dar-se o devido relevo.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1970 - O TEMPO

Há já algumas semanas que o mau tempo também se tem feito sentir nesta região, fustigando-nos com chuvas impiedosas que engrossam os caudais das ribeiras que atravessam o  concelho em busca do Tejo.
Muitas casas abandonadas não têm resistido às chuvas constantes e têm derruído.
A última derrocada verificou-se no vizinho lugar do Rosmaninhal, desta freguesia, onde uma casa, que há muito ameaçava ruína, caiu, obstruíndo a estrada municipal, pelo que aqui pedimos providências, em nome dos habitantes do lugar, para que de imediato a estrada seja desobstruída.

In Diário de Coimbra - 24/Janeiro/1970

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1971 - NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MAÇÃO (BEIRA BAIXA)

Vai ser nomeado presidente do município local o dr. Emanuel Sales Belo Catarino, formado em Farmácia pela Universidade do Porto, que substituirá o dr. António Paisana Joaquim, que pediu a exoneração do cargo que vinha exercendo há cerca de onze anos.

In Diário de Coimbra - 23/Janeiro/1971 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

VENTOS CICLÓNICOS, CHUVA DILUVIANA, FRIO E A FEIRA DE JANEIRO



Neste fim de semana, com início às primeiras horas de sábado,  confirmando-se os avisos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, todo o País esteve sob intenso temporal que ainda não nos  abandonou, embora quer a chuva, quer os ventos, sejam manifestamente mais moderados. O nosso concelho não foi excepção e, embora não sejam conhecidos grandes prejuízos causados pelas intempéries, para além de queda de árvores e o voo de alguns telhados impelidos pelas fortes ventanias, o que mais importunou a maioria dos maçaenses, foi o corte, durante um largo período de horas, do fornecimento de electricidade, a impossibilidade de utilizar  telemóveis ou aceder à Internet e a inoperacionalidade das máquinas de multibanco. As lojas dos chineses fizeram bom  negócio dada a elevada procura de lanternas, pilhas e velas. Pelo contrário,  os comerciantes tiveram enormes prejuízos e o sector de hotelaria ficou impedido de trabalhar. A Feira de Janeiro, com este tempo dos diabos, não passou de um fracasso, apesar de não terem faltado vendedores, só que os visitantes eram poucos. Os artesãos, normalmente instalados no jardim do Largo dos Bombeiros Voluntários, tiveram de se abrigar da intempérie na garagem dos bombeiros. mas após o almoço já se não encontrava lá nenhum. Um fim de semana para esquecer. 

MEMÓRIA 1972 - REUNIÃO SINDICAL

O Sindicato Nacional do Pessoal da Indústria de Lanifícios do Distrito de Lisboa, que
abrange igualmente os trabalhadores do distrito de Santarém, vai realizar no próximo domingo, dia 23, pelas 17 horas, na sede do C.A.T. da Fábrica Mirrado, uma reunião com os associados daquele Sindicato nesta zona, onde serão debatidos assuntos de interesse para a classe.

In Diário do Ribatejo - 22/Janeiro/1972

domingo, 20 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1968 - JULGAMENTO IMPORTANTE

No Tribunal Municipal terminou hoje, em juízo colectivo, o julgamento de acção de paternidade ilegítima que Francisco Patrício moveu aos herdeiros de Francisco Pina Falcão, figura bastante conhecia neste concelho e concelhos limítrofes, falecido há cerca de dois anos.
O julgamento tem apaixonado grandemente a opinião pública, tendo assistido a todas as sessões enorme multidão que enchia por completo a sala do tribunal e corredores vizinhos.
A sentença só será conhecida dentro de algum tempo.

In Diário de Coimbra - 20/Janeiro/1968

sábado, 19 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1972 - CENTRO DE SAÚDE

Por portaria de 31 de Dezembro findo, agora inserta na folha oficial, foi criado o Centro de Saúde deste concelho.
Igualmente, o «Diário do Governo» acaba de publicar um aviso para admissão, através de concurso documental, de médicos para aquele Centro de Saúde.

In Diáro de Coimbra - 19/Janeiro/1971

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1972 - NOVO VEREADOR

Conforme, oportunamente, noticiámos estavam já escolhidos os vereadores para o quadriénio de 1972/1975, entre os quais figurava o Padre António Matias, representante da freguesia do Carvoeiro.
Acontece que o sr. Bispo de Portalegre e Castelo Branco, D. Agostinho de Moura, não deu a competente autorização para que aquele sacerdote ocupasse as funções para que tinha sido escolhido.
Neste desiderato, foi chamada a ocupar a vaga do sr. Padre António Matias, um dos vereadores substitutos, o sr. José Martins Correia, industrial, desta vila.

In Diário do Ribatejo - 18/Janeiro/1972

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

REGRESSO AOS MERCADOS E O CAVALO DO ESPANHOL



A história do cavalo do espanhol faz-me lembrar a grande paixão demonstrada por Pedro Passos Coelho do regresso aos mercados. Ao espanhol  meteu-se-lhe na cabeça que seria possível  o seu equídeo, se convenientemente educado, sobreviver sem se alimentar. E se bem o pensou melhor o fez. Então, pacientemente, foi reduzindo a alimentação ao quadrúpede. Cada dia dava um pouco menos de ração ao animal. O cavalo, cada vez mais esquelético, ia sobrevivendo. De redução em redução, chegou o dia em que já não lhe deu alimento. Nesse dia já o cavalo mal se sustinha nas patas, pelo que não espanta que, na manhã  seguinte, soltando um débil  relincho, tenha tombado para o lado e morrido. Quando nuestro hermano deparou com o bicho  desabafou para os seus botões "agora que o tinha acostumado  a não comer é que morreu". Também o Primeiro Ministro quando concretizar a sua grande paixão,  hoje confirmada em Paris  "anunciaremos em breve medidas para regressar aos mercados", afirmará,  agora que tinha acostumado os portugueses a viverem sem dinheiro é que morreram.

MEMÓRIA 1981 - MAÇÃO: ÁGUA MAIS CARA

O município de Mação acaba de fixar os novos preços da água, escalonados em 7$00, 8$00, 10$00, 15$00 e 50$00, atingindo-se o consumo mensal de vinte metros cúbicos.
No caso do fornecimento à indústria, o escalão único foi fixado em 7$00. As taxas de aluguer dos contadores foram igualmente alteradas.
Recorde-se que no final do ano transacto a Assembleia Municipal de maioria AD havia aprovado com a abstenção da APU e do PS, as novas tarifas de água cujo preço por metro cúbico e sem escalões era desde há muito, de 3$00.

In Portugal Hoje - 17/Janeiro/1981

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ABOBOREIRA, MAÇÃO, PENHASCOSO - DECISÃO FINAL



Hoje, com a sua assinatura, o Presidente da República criou uma grande freguesia no concelho de Mação, difícil de governar e, talvez, muito distante dos seus fregueses. Não foi surpresa, era absolutamente previsível. Ninguém quis assumir responsabilidades, em consequência outros decidiram por nós, atabalhoadamente, reconhece-se. Em Setembro ou Outubro deste ano ficaremos reduzidos a seis freguesias, sendo uma delas quase meio concelho, com todos os problemas que já se antevêem. 

MEMORIA 1972 - II EXPOSIÇÃO DE ARTE INFANTIL

Já encerrou esta exposição,  de que tínhamos dado notícia da sua abertura, na qual foram apresentados 196 trabalhos, alguns dos quais muito valiosos, e em que estiveram representados  alunos de todas as escolas primárias deste concelho.
A deliberação do júri, de que fizeram parte alguns artistas plásticos, será conhecida dentro de dias.

In Diário de Coimbra - 16/Janeiro/1972

sábado, 12 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1968 - ILUMINAÇÃO

É também com agrado que registamos a melhoria no sistema de iluminação pública, que tem tornado esta vila numa terra bem iluminada e que neste capítulo pode ombrear com muitas cidades.
Coube agora a vez de beneficiarem de um sistema moderno de iluminação o largo Infante D. Henrique e a rua Tenente Coronel Francisco Pedro Curado.
Lentamente, Mação vai-se modernizando e assim tomando um aspecto mais de harmonia com os tempos presentes.

In Diário de Coimbra - 12/Janeiro/1968

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

ALGUMAS HORAS EM TORRE DE MONCORVO



Há muitos anos, tantos que já me não recorda quantos, passei como cão por vinha vindimada, em Torre de Moncorvo. Nesse tempo não havia auto-estradas, nem itinerários principais ou complementares, as estradas de então estavam repletas de curvas, de muitos buracos e pejadas de sinais de trânsito. Tudo mudou, agora é fácil percorrermos o país. Mas lá está, acabamos por criticar a existência de tantas auto-estradas, muitos desses críticos não conheceram o Portugal desses tempos. Precisamente utilizando um IP fácil foi atingir Torre de Moncorvo. Vila pertencente ao distrito de Bragança, com uma população de 8572 habitantes, situa-se próximo da fronteira com  Espanha e na confluência dos rios Sabor e Douro. A Igreja Matriz está classificada como património nacional sendo o maior templo religioso de Trás-os-Montes, pena é que a iluminação interior fosse reduzida, apesar de estar a decorrer uma novena, o que não permitiu apreciar o interior da igreja. O visitante deve percorrer o centro histórico, o núcleo medieval em que se situam muitas casas solarengas e o Museu do Ferro. Torre do Moncorvo faz parte do circuito das amendoeiras em flor, que se encontram no seu máximo esplendor nos meses de Fevereiro e Março.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1970 - FALTAS FREQUENTES DE ELECTRICIDADE EM MAÇÃO

É sumamente desagradável o que se tem passado ultimamente com o fornecimento da energia eléctrica neste concelho.
Efectivamente, há uns tempos a esta parte, os cortes na corrente eléctrica são frequentes, tendo-se até dado o caso de essas interrupções se prolongarem por horas, como foi nos passados dias 29 de Dezembro, em que a electricidade faltou por volta das 19 horas para só surgir ao meio dia e meia hora do dia seguinte, e no último sábado, em que o concelho esteve sem electricidade desde as dez da noite até às cinco da tarde de domingo.
Entretanto, a dança da luz continua sem que as deficiências se remedeiem, menosprezando-se, deste modo, os direitos dos consumidores que assim, parece, só têm deveres.

In Diário do Ribatejo - 9/Janeiro/1970

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

PEQUENO ALMOÇO DE NATAL



Estamos no cruzamento que nos leva a Ervas Tenras, quantos quilómetros nos distanciam, quantos minutos demoraremos a lá chegar? Numa manhã de  dia de Natal, cheia de sol, temperatura amena, sem ninguém a importunar o macho mata a fome, comendo, à vontade, ervas, certamente, tenras. Em fundo uma casa abandonada, imagem corrente, da nossa província mais isolada. 

domingo, 6 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1971 - HÁ MAIS DE TRINTA ANOS QUE NÃO NEVAVA EM MAÇÃO

Surpreendentemente, acordou esta vila com o cair de um nevão.
Após dias de frio muito intenso, como há muito aqui se não sentia, os maçaenses, com bastante surpresa, pois há mais de trinta anos que tal não acontecia, viram cair um nevão de certa intensidade, que em pouco tempo tudo cobriu de um alvo manto.
Espectáculo nunca visto para muitos, e sempre de rara beleza, causou surpresa geral, pelo seu ineditismo nestas paragens.
É verdade que já no dia de Natal e na última terça-feira, tinha aqui caído alguma neve, o que havia surpreendido todos, mas a neve caída agora desde as oito da manhã até cerca das treze horas, pela sua quantidade, transportou-nos, em imaginação, para as terras altas do País.
Não há notícias de qualquer desastre nas estradas concelhias, pois o trânsito faz-se com muita precaução, motivo pelo que se estão registando grandes atrasos nas carreiras de camionagem.

In Diário de Coimbra - 6/Janeiro/1971


sábado, 5 de janeiro de 2013

MEMÓRIA 1982 - ELECTRIFICAÇÃO

Prossegue o plano de electrificação do concelho, tendo ultimamente sido inaugurada a electricidade nos lugares de Santos,Caratão, Casas da Ribeira e Queixoperra.
Para conclusão do plano, espera-se que todo o concelho esteja electrificado em 1982.

In Diário de Coimbra - 5/Janeiro/1982

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

VISITA AO MUSEU DO CÔA



Aproveitei a estadia em Foz Côa para visitar o Museu do Côa, cuja construção tanta polémica gerou. Situado bem longe da cidade, sobranceiro ao rio Douro, dele pode apreciar-se o deslumbramento que o Douro e as suas encostas propiciam. Poucos visitantes apesar de atravessarmos um período do ano em que muita gente goza férias. Alguns, poucos, estrangeiros. O Museu do Côa proporciona-nos uma viagem no tempo até à alvorada do desenvolvimento da Humanidade quando surgiram as primeiras tentativas de representação simbólica. De salientar o contacto directo com peças do Paleolítico. Não sou grande apreciador deste tipo de museus, daí ter feito uma apressada visita. Tinha boas referências do Restaurante Coa Museu, localizado no próprio museu, que se vieram a confirmar, quer na qualidade das refeições, quer na sobriedade dos preços. A  sala de restauração despojada de motivos decorativos é  rodeada por uma ampla superfície vidrada que nos permite, enquanto saboreamos o almoço, admirarmos a surpreendente paisagem das grandiosas encostas do Douro. O almoço foi digno de deuses, optei por um tenro  e suculento naco de vitela com batatas grelhadas e ananás grelhado. Inevitável, um Douro tinto a acompanhar. O sol, através das vidraças, acariciava-nos com luz e calor. Tudo junto resultou num almoço que jamais esquecerei, até por aqueles que me acompanhavam. Recomendo  ao viajante que circule pela região de Foz  Côa, uma paragem no Restaurante Coa Museu, não sairá de lá desgostoso.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

OUTRAS TERRAS OUTRAS GENTES



Neste período festivo fui de visita a terras da Beira Alta e Trás-os-Montes. Tive a fortuna de desfrutar de dias maravilhosos, com muito sol e temperaturas amenas. Em Vila Nova de Foz Côa, agora só Foz Côa, porque já é cidade, uma cidade com 7312 habitantes, pasme-se, e que, na realidade, não passa de uma vila de pouca categoria, deparei com o cartaz que reproduzo, da responsabilidade do partido que não é poder a nível autárquico. Na nossa vila, tirando a bandeira hasteada a meia haste, por um dia, não se deu nota de preocupações das entidades autárquicas, da população,  dos partidos, relativamente à extinção do tribunal e de freguesias. A verdade é que, segundo anunciou a autarquia fozcoense, o seu tribunal judicial  vai manter-se em pleno funcionamento.