As chuvas copiosas que desde há algumas semanas têm caído sobre esta região, não causaram, felizmente, prejuízos de monta.
Há no entanto a assinalar a queda de uma casa na Rua de São Bento, que por estar desabitada não causou vítimas, bem como a queda de barreiras que não têm prejudicado circulação.
Porém, o vento forte que assolou esta zona nos últimos dias, derrubou diversas árvores de elevado porte e destelhou algumas casas.
Entretanto, o rio Tejo que corre na parte sul do concelho, atingiu no último domingo, níveis que ultrapassaram os de 1941, em que as cheias foram as mais elevadas de sempre.
Em Ortiga-Estação, o Tejo atingiu o primeiro andar de algumas moradias , longe, e em plano bastante superior, ao do leito do rio e chegou a alagar a linha do caminho de ferro.
Na madrugada de domingo os Voluntários desta vila foram chamados para proceder ao salvamento de um homem que se encontrava bloqueado pelas águas do Tejo, apesar de terem acorrido com prontidão, os seus serviços não chegaram a ser utilizados porque o salvamento efectuou-se com a ajuda de populares.
Mas na Barragem da Ortiga, porque as águas invadiram umas galerias em construção, os bombeiros tiveram que actuar para proceder à bombagem da água.
Devido aos cortes observados na linha de caminho de ferro da Beira Baixa, esteve suspensa a circulação de pessoas e mercadorias.
Nos últimos dias e devido aos ventos ciclónicos que têm soprado, verificaram-se frequentes cortes de electricidade, que provocaram acentuados prejuízos nas actividades produtivas do concelho.
In Diário de Coimbra - 20/Fevereiro/1979