terça-feira, 20 de setembro de 2011

A MADEIRA É UM JARDIM



Em Fevereiro deste ano um parecer do Tribunal de Contas da Madeira considerava preocupante o valor de 160,9 milhões de euros relativos a encargos assumidos e não pagos. Dois meses mais tarde o mesmo Tribunal veio corrigir aqueles valores, acusando o governo regional de ocultar acordos de reescalonamento da dívida de 184,5 milhões de euros. Este comportamento é punível com multa, porém a lei sobre responsabilidade de titulares de cargos políticos determina pena de prisão até um ano para quem conscientemente a viole. Se Alberto João Jardim, que ontem reconheceu ter ocultado a dívida da Madeira, fosse condenado definitivamente por este crime, teria de se demitir do cargo de presidente do governo. Sabe-se agora que o Presidente da República teve conhecimento da situação financeira da Madeira já no passado mês de Julho, porém não tomou qualquer iniciativa no sentido de aclarar a situação. Também a Procuradoria Geral da República, através do seu representante junto do Tribunal de Contas do arquipélago teve conhecimento da dívida oculta, mas também não diligenciou analisar o "buraco" financeiro. Com a desfaçatez que lhe é habitual, Jardim, culpa os governos da República das dívidas madeirenses.

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