É o responsável pela loja dos paquistaneses, chama-se Sadaqat. Toda a gente diz "resolves isso na loja dos indianos ou coisa semelhante", mas as lojas são geridas por súbditos do Paquistão, o que é um pouco diferente. . Sou amigo do Sadaqat há já alguns anos, faço na sua loja as fotocópias que necessito, mando reparar gadgets, compro pequenos acessórios e até um telemóvel lá adquiri. Quando os clientes rareiam, o que não acontece muitas vezes, conversamos um pouco. Já o tenho visto, e a outros paquistaneses que, com frequência, trabalham no estabelecimento, aos fins de tarde, ajoelhados, voltados a sul, certamente para Meca, rezando ao Profeta. Afianço o que digo porque já perguntei ao Sadaqat. Um destes dias, apenas ambos na loja, indaguei ao meu amigo paquistanês o que pensava dos acontecimentos de Paris, não me respondeu se achava bem ou mal, mas, por sua vez, perguntou-me se eu não exijo que o meu Deus seja respeitado e, acrescentou, já tanta vez desrespeitaram o Profeta que os muçulmanos perderam a paciência. Aconteceu o que todos sabemos. Se não estou equivocado, Francisco, o Papa, por outras palavras disse o mesmo e tenho a absoluta certeza que Sadaqat não houve o Sumo Pontífice.
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