quarta-feira, 28 de março de 2012

HORAS DO DIABO

Passei pelo Tribunal Judicial de Mação para assistir ao julgamento do António Oliveira (Chança). Sala cheia. Demorei-me menos de um quarto de hora, mas pude assistir à audição de duas testemunhas de defesa, deduzi pelo teor das respostas. Não me quero considerar amigo do António Oliveira, apesar de o conhecer há mais de trinta anos, conversava com ele quando, eventualmente,  nos encontrávamos num dos cafés da vila. Surpreendia-me pelas histórias que contava e demonstrava, para além de uma invejável memória, um conhecimento profundo sobre os mais variados temas. Foi piloto civil e desses tempos contou-me episódios deliciosos. Tinha abraçado a causa monárquica e justificava porquê. Criou muitos anti-corpos em Mação e era mal amado por muita gente, não descortino porquê. Numa tarde de desvario, dizem-me que era alvo de muitas provocações, teve um gesto impensado que o marcará para o resto da vida. 

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