A cada dia que passa, o actual líder do Partido Socialista demonstra não ter capacidade para se tornar primeiro-ministro. Continua a desferir, por falta de outros argumentos, ataques ferozes ao seu camarada de partido. Como socialista, pese embora não tenha tido responsabilidades governativas, não se deveria ter demarcado da governação de José Sócrates, esses anos, bons ou menos bons, fazem parte da história do PS e não podem ser apagados. De uma pequena vitória nas eleições europeias, por todos reconhecido, transformou-a numa grande vitória, fechando os olhos à realidade. Não considerou a crise internacional, que levou países como a Irlanda e a Grécia praticamente a uma situação de default, sendo que a Espanha e a Itália não recorreram à ajuda financeira porque esse acto criaria graves problemas à União Europeia. No entanto preferiu valorizar a culpa do governo Sócrates. Tem-se preocupado em se demarcar do velho PS - o de Sócrates - em favor do novo - o dele próprio - em vez de se demarcar da direita. Não foi ainda capaz de apresentar alternativas de esquerda para governar o país, após tantos anos de liderança. Deseja tornar-se primeiro ministro mas afirma, convictamente, demitir-se se tiver que aumentar os impostos. Então que vai fazer para a chefia do governo. Com o discurso que vai oferecendo aos socialistas - e também aos portugueses - Seguro não pede apoio, pede pena.
Sem comentários:
Enviar um comentário