Finalmente António Costa mostrou um ar da sua graça. Esta noite, em Coimbra, dará a conhecer aos militantes a moção que apresentará no XX Congresso do Partido Socialista a realizar no final do mês em curso. Até hoje nada de substancial tem saído da boca de António Costa, quando já decorreu mais de um mês após a escolha, clara, feita por militantes e simpatizantes, para os quais Costa será melhor candidato que o camarada António José Seguro, às próximas eleições legislativas, a efectuar no segundo semestre de 2015.
Aconteceu, em consequência do pedido de demissão de Alberto Martins, mudança do líder do grupo parlamentar socialista na Assembleia da República. O deputado escolhido em substituição de Martins não teve a aprovação de grande número de militantes e também por muitos daqueles que votaram no candidato a primeiro ministro. Para todos eles a escolha de Ferro Rodrigues representou uma substituição por alguém de que todos estão saturados. Esperava-se que Costa chamasse uma personalidade que não pertencesse à clique dos velhos socialistas.
No Congresso, a realizar no fim de semana de 29 e 30 deste mês, António Costa será, seguramente, eleito secretário-geral do PS. A partir desse momento os portugueses vão conhecer as suas ideias para o país, é demasiado cedo para a apresentação de um programa de governo, mas saber-se-á o seu pensamento para uma eventual futura governação.
Existe, também, grande curiosidade em conhecer a sua "entourage", se não vão aparecer na primeira fila aqueles políticos, de que todos, socialistas e não só, estão cansados de gramar há longos anos. À volta de António Costa, na campanha para as primárias, viram-se alguns, velhos e revelhos, que António José Seguro já tinha colocado no baú das coisas inúteis. Numa palavra, espera-se de António Costa a grande renovação de que o Partido Socialista está a necessitar.
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