quinta-feira, 15 de novembro de 2012

RECESSÃO PROVOCA VIOLÊNCIA



Neste terceiro trimestre do ano a economia manteve uma acentuada quebra, o PIB baixou 0,8%, um recorde, oito descidas consecutivas. Relativamente a 2011, a variação negativa foi de 3,4%. O desemprego continuou a subir, segundo o INE, há 871.000 desempregados, rapidamente atingiremos o milhão, a taxa já está em 15,8%. Em igual período do ano passado estava em 12,4%, Na verdade, ao juntarem-se as várias vertentes do desemprego, o número atinge 1.144 milhões. E os jovens no desemprego? Agora estimam-se em 175.000, uma taxa de 39%. Praças de Syntagma (Atenas) e Cibeles  (Madrid) em Portugal, claro do que estávamos à espera? Os portugueses já não confiam no Presidente da República, no Governo, na Assembleia da República. Os mais jovens, anos seguidos a queimar as pestanas para trabalhar nas caixas do Continente ou do Pingo Doce, quando existem vagas, ou emigrar. Os desempregados sem esperança de conseguir trabalho, os idosos a sofrer cortes nas suas pensões. O Estado Social dia a dia mais mitigado, a cortar indiscriminadamente os já reduzidos apoios. Da fusão de todos estes descontentamentos resultou a explosão frente à Assembleia da República. E é só o começo. Como dizia o outro há vida para além da dívida, os portugueses existem e querem, pelo menos, sobreviver.

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