Big Mac, como é conhecido nos bastidores do PSD, é Marco António Costa, agora sob investigação do Ministério Público, antigo secretário de Estado, vice-presidente do PSD e vice-presidente do município de Gaia no consulado de Luís Filipe Meneses, sobre quem incide, no momento, o interesse dos media porque se conhece agora o relatório preliminar do Tribunal de Contas sobre a Câmara Municipal de Gaia, que arrasa a gestão do presidente e do seu vice, no período que medeia entre 2008 e 2012. O TdeC por 19 vezes emite um forte juízo de censura a Marco Costa e Filipe Meneses pela forma como geriram a Câmara de Gaia, uma das mais endividadas do país. Big Mac foi, na realidade, o responsável financeiro da autarquia durante quatro anos, que atingiu um passivo financeiro superior a 278 milhões de euros, segundo apurou o TdeC, com a CMG a ir muito para além da sua capacidade financeira. Entre 2008 e 2012 o executivo camarário assumiu 450 milhões de euros de despesas sem a correspondente cobertura. O TdeC classifica os responsáveis de Gaia por gestão pouco prudente, falta de sinceridade, transparência e fiabilidade na previsão de receitas, falta de prudência nos gastos e falta de cumprimento nos prazos dos compromissos assumidos, acumulando dívidas a fornecedores. A coligação PSD/CDS, que governava Gaia, no propósito de obter liquidez, socorreu-se dos mais variados estratagemas: transacções fictícias, concessões a privados em prejuízo do erário público, operações bancárias estranhas.Eis aqui o retrato parcial de Marco António Costa, feito pelo TdeC, que se dirige aos portugueses sempre com ar conselheiral, como se se tratasse de um respeitável Senador.
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