Cavaco deseja ser o homem dos consensos, mas apenas daqueles que lhe interessam. Chamou ao palácio de Belém os responsáveis dos partidos com assento parlamentar para os ouvir em relação à data das próximas eleições legislativas. Os três grandes partidos PSD, PS e CDS propuseram a data de 27 de Setembro de 2015, enquanto que PCP, Os Verdes e BE indicaram 4 de Outubro. O Senhor dos consensos, contrariando uma larga maioria, escolheu 4 de Outubro. Cavaco aproveitou o anúncio das eleições legislativas para fazer uma extensa alocução em que enfatizou a necessidade dos partidos se entenderem para uma solução de governo. Decidiu trazer à colação o exemplo da União Europeia, acentuando que, em 23 países, os partidos foram capazes de se entender, formando alianças. Um apelo claro aos eleitores para colocarem o seu voto na coligação PSD/CDS. Quando se referiu à necessidade da existência de uma maioria parlamentar, deixou no ar a ideia da inutilidade do voto nos pequenos partidos, quer da direita, quer da esquerda, tramando os tradicionais (CDU e BE) e as novas formações partidárias que anunciam a presença no próximo acto eleitoral. Cavaco continua a ser, apenas, o Presidente de alguns portugueses.
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